O CEO do Frigorífico Goiás, em Goiânia, Leandro Batista, publicou nesta sexta-feira (26/9) um vídeo em resposta à repercussão gerada por um cartaz afixado na entrada do estabelecimento, que afirmava que petistas “não são bem-vindos”. Na gravação, Batista esclarece que a mensagem não impede a entrada de clientes filiados ao partido.
“Petista aqui não é proibido de entrar no Frigorífico Goiás. Não é bem-vindo entrar aqui. Isso não significa que é proibido”, disse o CEO.
O cartaz, colocado na entrada da loja de carnes nesta semana, estava escrito em letras maiúsculas: “Petista aqui não é bem-vindo”. A repercussão do episódio levou o deputado estadual Mauro Rubem (PT) a acionar o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e o Procon estadual.
Na representação ao MP-GO, o parlamentar questiona a prática como publicidade abusiva, prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC). O Procon também foi provocado a avaliar possíveis medidas fiscalizatórias e sancionatórias contra a loja.
No vídeo, Batista se dirige diretamente ao deputado, chamando-o de “vagabundo” e criticando ações anteriores do parlamentar: “Tem um deputado aqui, Mauro Rubem (PT), que fica denunciando ao Ministério Público, Vigilância Sanitária e Procon. Ele já me processou. Mauro Rubem, você é um vagabundo socialista”, afirmou.
O Metrópoles tentou contato com o CEO para esclarecimentos adicionais, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Contexto histórico
Em outubro de 2022, durante a campanha eleitoral, o frigorífico também esteve envolvido em polêmica ao vender a “picanha mito” a R$ 22, número do então candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). A venda gerou tumulto e levou o caso à Justiça, que determinou a suspensão da comercialização do produto.
Gancho sugerido: O caso atual revive questionamentos sobre limites da publicidade e manifestações políticas em estabelecimentos comerciais.
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