Mulher que teve marmita negada por bolsonarista lamenta: "não pode colocar política no meio"

Apesar de lamentar a atitude do empresário Cassio Joel Cenali, Ilza informou ao jornal Folha de S. Paulo que não pretende processar o bolsonarista

DA REDAÇÃO

Reprodução

A diarista Ilza Ramos Rodrigues, eleitora do ex-presidente Lula (PT), que teve a entrega de marmita negada por um empresário apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PT), concedeu entrevista ao jornal Folha de São Paulo nesta segunda-feira (12). Destacando o passado humilde quando criança na roça e as atuais dificuldades, a moradora de Itapeva, no interior de São Paulo, contou à reportagem que sustenta os três filhos fazendo alguns bicos, mas que nem sempre garantem alimento na mesa.

“Muitas vezes, aconteceu de ficar de armário vazio, sem nada, porque também precisamos pagar a luz”, lembrou.

Apesar de lamentar a atitude do empresário Cassio Joel Cenali, Ilza informou à Folha que não pretende processar o bolsonarista.

“Fica guardado na cabeça. Tem gente que, porque tem um dinheirinho a mais, acha que pode falar o que quiser para o humilde. E a gente fica triste. Era uma doação, sabe? Para mim, doação é de coração. Não pode colocar política no meio e, infelizmente, ele fez isso. Não precisa”, lamentou.

Na ocasião, o bolsonarista aparece em vídeo sugerindo que a diarista pedisse marmita para o Lula.

"Ela é Lula. A partir de hoje, não tem mais marmita. A senhora peça para o Lula agora, beleza? Ela é Lula. A partir de hoje, não tem mais marmita. A senhora peça para o Lula agora, beleza?", falou o empresário Cassio Joel Cenali no vídeo.

Após o episódio lamentável, a diarista vem recebendo uma série de doações, inclusive foi procurada pelo apresentador da Rede Globo, Luciano Huck. Apesar do episódio estar relacionado à política, Ilza não quis polemizar o assunto, mas revelou sentimento de conhecer o ex-presidente Lula.

“Ah, eu quero falar com ele. Aquele vozeirão dele. Eu admiro ele, e não é por política, é pela pessoa que ele é, ele sempre foi por nós, ele sempre foi pelas pessoas pobre”, colocou.

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