Os manifestantes pedem ainda melhores condições de trabalho e um plano de assentamento para 186 mil famílias acampadas e a criação de um programa de desenvolvimento dos assentamentos.
Como medida preventiva, as entradas do prédio foram fechadas pela segurança. A Polícia Militar estima em 1,5 mil o número de manifestantes, cerca de 300 estão dentro do prédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Cerca de 20 policiais foram destacados para fazer a segurança no local.
Segundo a polícia, uma parte do grupo ocupa a portaria do prédio enquanto outros manifestantes protestam do lado de fora. Um homem chegou a subir na marquise do prédio para hastear uma bandeira, mas foi retirado por seguranças.
A ação integra a Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária que o MST promove todos os anos em abril, mês em que 21 trabalhadores Sem Terra foram mortos no episódio conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996.
"O primeiro ano do governo Dilma foi o pior para a criação de assentamentos dos últimos 16 anos. Agora em abril, o Ministério do Planejamento cortou mais de 60% do orçamento do Incra, o que deve inviabilizar os programas de assistência técnica e educação. Não podemos admitir que a burocracia do governo corte as verbas relacionadas à melhoria da produtividade e à educação, compromissos sempre tão reforçados nos discursos da presidenta Dilma", afirma Alexandre Conceição, da direção nacional do MST.
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