O Estadão tenta contato com a defesa do motorista. No dia 29 de julho, data da morte de Pedro Kaique, o advogado Carlos Bobadilla, que defende Sauceda, chamou o ocorrido de "fatalidade". "Infelizmente, nós tivemos uma fatalidade no dia de hoje. O Igor estava voltando do seu trabalho com a namorada. O Igor não havia ingerido qualquer bebida alcoólica, qualquer entorpecente, e infelizmente aconteceu esta fatalidade", disse ele.
O motorista da Porsche virou réu por homicídio doloso triplamente qualificado. Ele foi preso preventivamente no último dia 30. Na denúncia da promotora Renata Mayer, é apontado que Sauceda agiu por motivo fútil, com meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Segundo ela, o empresário se "irritou" com a colisão do motociclista com o seu carro.
"Irritado com a situação, Igor passou a perseguir a vítima e, ao conseguir alcançá-la, bateu violentamente contra a traseira da motocicleta em que Pedro estava, o qual ficou embaixo do veículo do denunciado e foi arrastado por alguns metros", diz um trecho da denúncia.
A promotora afirma que o crime foi praticado por "motivo fútil". "Igor deliberou matar Pedro somente porque se irritou com o fato dele ter danificado o seu carro durante uma colisão de trânsito."
Sauceda disse em depoimento à polícia que passou a perseguir Pedro Kaique porque o motociclista teria quebrado o retrovisor do carro de luxo. O empresário disse também em depoimento à polícia que trafegava em uma velocidade entre 60km/h e 70km/h, pouco acima do permitido na Avenida Interlagos.
No entanto, imagens de uma câmera de monitoramento mostram a Porsche em alta velocidade.
(Com Agência Estado)
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