"Com o coração apertado, venho compartilhar que o nosso querido Rafael partiu para os braços de Deus. Depois de 53 dias em coma, o Senhor o chamou para descansar em paz, livre de toda dor e sofrimento", diz comunicado.
Ele estava hospitalizado desde 1º de setembro. O caso gravíssimo foi um dos primeiros da sequência de intoxicações por consumo de bebida alcoólica contaminada com metanol em diversas regiões do Estado, especialmente na capital e região metropolitana.
Em boletim divulgado na quarta, o Ministério da Saúde informou que o País registra 10 mortes por intoxicação por metanol. O falecimento de Rafael seria o 11° óbito.
O que diz o boletim de ocorrência
De acordo com o Boletim de Ocorrência, documento ao qual o Estadão teve acesso na época, os enfermeiros do Hospital Geral do Grajaú, onde ele foi inicialmente atendido, informaram que o estudante havia sido intoxicado com metanol no dia 1º de setembro e que a equipe médica solicitou um rastreio dos passos da vítima.
Logo depois, ele foi transferido para o Hospital São Luiz, em Osasco, para realizar sessões de hemodiálise. No dia 2 de setembro, a tia da vítima compareceu à 48ª Delegacia de Polícia, em Cidade Dutra, e relatou que o sobrinho havia recebido diagnóstico de intoxicação por metanol. Ela estava acompanhada da mãe de uma jovem de 25 anos, que apresentava o mesmo diagnóstico.
O consumo teria ocorrido na casa dele, na madrugada de 31 de agosto, logo após o jovem ter adquirido a bebida no estabelecimento chamado Empório Santos, em um pacote promocional que incluía gin, gelo de água de coco e energético. Cinco pessoas que participavam da confraternização, com idades entre 23 e 27 anos, teriam consumido a bebida.
O caso mais grave foi o do estudante, que havia ingerido a bebida pura, segundo testemunhas. Os demais convidados misturaram o gin às outras bebidas. Depois de acordar, ele reportou fortes dores abdominais, vômitos e, mais tarde, começou a gritar que estava cego.
A polícia recolheu duas garrafas de gin que estavam na casa da vítima. Outras 14 garrafas foram apreendidas na Adega Santos, estabelecimento onde os parentes relataram que a bebida havia sido comprada.
Na ocasião, os representantes do estabelecimento afirmaram à polícia que o grupo de amigos é conhecido no local, pois sempre ingerem grande quantidade de bebida alcoólica. Os funcionários afirmaram que o rapaz já apresentava sinais de embriaguez e que pode ter ingerido álcool em outros estabelecimentos.
(Com Agência Estado)
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