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Brasil Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2025, 07:30 - A | A

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Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2025, 07h:30 - A | A

Homem vai a delegacia, confessa ter matado mulher trans e é liberado pela polícia na Bahia

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Uma homem de 18 anos confessou ter matado uma mulher transgênero na noite de sábado, 6, em Luís Eduardo Magalhães, no interior da Bahia. O motorista de aplicativo foi à delegacia para dizer que havia matado Ryana Alves, de 18 anos, mas foi liberado pelos policiais após prestar depoimento. O corpo da jovem foi encontrado em um veículo. A identidade do homem não foi divulgada, por isso não foi possível encontrar sua defesa.

Segundo a Polícia Civil, os dois viajavam de Barreiras em direção a Luís Eduardo Magalhães, quando houve um desentendimento e o motorista aplicou um golpe "mata-leão" na vítima. A corporação informou que ele foi ouvido e "seguirá respondendo em liberdade por ter se apresentado espontaneamente". O Estadão procurou a Secretaria de Segurança Pública da Bahia e o Governo do Estado, mas não obteve retorno.

Em publicação nas redes sociais, a irmã de Ryana, Drycka Santana, escreveu que a jovem "tinha um lindo futuro pela frente, mas não escutou nossos conselhos. Eu sempre repetira a mesma frase: sai fora dessas amizades, elas vão te derrubar, e realmente derrubou. Depois de quase um mês que aconteceu aquela briga, chega alguém e simplesmente te mata. Que todos os culpados paguem porque eu tenho a certeza de que não foi só um".

A deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) afirmou que denunciou o suspeito e o delegado responsável ao Ministério Público da Bahia e cobrou explicações da Polícia Civil e do governo estadual.

Para a parlamentar, a liberação configura tratamento desigual. "É inconcebível que um delegado não faça a prisão em flagrante de um assassino que levou um corpo até a delegacia porque ele foi bonzinho (...) Confissão não afasta flagrante. Assassinato é assassinato, e na nossa lei não existe vida humana que valha mais do que a outra."

Hilton questionou ainda se a decisão teria sido a mesma caso a vítima não fosse uma mulher trans. "É, ou não é, um caso de transfobia institucionalizada? Que o assassino seja preso e a conduta do delegado devidamente investigada."

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia (SJDH) afirmou que oficiou a SSP e o Ministério Público da Bahia pedindo rigor e agilidade na investigação diante da gravidade do caso. "O Centro de Promoção e Defesa dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais está mobilizado toda a rede para prestar o acolhimento necessário à família da vítima. O Governo da Bahia não tolera a transfobia e segue firme no compromisso por justiça", afirmou a secretaria em nota.

(Com Agência Estado)

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