Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com 93% das urnas apuradas, Gustavo Fruet recebeu 60,59% dos votos, o que corresponde à aceitação de 552.454 eleitores. Ratinho Jr, por sua vez, recebeu 359.375 votos, totalizando 39,41%.
"Agradecimento. Assumir o compromisso de pacificação, um mandato de quatro anos pensando em fazer a melhor gestão de Curitiba", afirmou o novo prefeito.
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Sobre Gustavo Fruet
Gustavo Fruet nasceu em Curitiba no dia 18 de abril de 1963. O prefeito eleito de Curitiba se graduou em direito, com mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), exercendo posteriormente mandatos como vereador de Curitiba e deputado federal.
Este será o primeiro cargo de Fruet no Poder Executivo. Ele começou a carreira política sendo eleito vereador em 1996 pelo PMDB, cadeira que ocupou por dois anos. Às vésperas das eleições de 1998 ele assumiu a candidatura do pai, o ex-prefeito de Curitiba Maurício Fruet, que faleceu enquanto concorria a deputado federal. Foi eleito com 45.929 votos.
Ainda pelo PMDB, renovou o mandato em 2002 com 105.166 votos, migrando para o PSDB em 2005. Pelo novo partido foi reeleito em 2006 com a maior votação entre os deputados federais do Paraná - 210.674 votos. Fruet foi ainda candidato a uma cadeira no Senado da República em 2010, mas terminou em terceiro lugar e não se elegeu, com 2.502.805 votos. Ele trocou o PSDB pelo PDT em 2011, sob alegação de falta de espaço para construir uma candidatura do partido à Prefeitura de Curitiba.
Campanha
A mudança de partido e a aliança estabelecida com o PT, que indicou a vice-prefeita eleita, Mirian Gonçalves, foi alvo de ataque dos concorrentes de Fruet durante a campanha. As investidas vieram em um primeiro momento do atual prefeito Luciano Ducci (PSB), que contou com o apoio do PSDB e classificou a mudança do pedetista como “incoerente”, em referência à atuação oposicionista de Fruet no Congresso Nacional. O prefeito eleito rebateu as críticas reforçando que a aliança com o PT se deu em virtude de afinidades “programáticas”, e sustentando que foi “traído” pela direção do PSDB.
Ducci, contudo, ficou de fora do segundo turno da eleição em Curitiba, com 26,77% dos votos válidos. Fruet ficou pouco a frente, com 27,22%, disputando o segundo turno contra o candidato do PSC, Ratinho Jr, que fez 34,09%. O concorrente também criticou a proximidade de Fruet com o PT, relacionando Fruet com parlamentares da legenda condenados no caso do Mensalão, como José Dirceu. O prefeito eleito se defendeu lembrando da atuação exercida como sub-relator da CPI dos Correios, quando obteve destaque nas investigações que culminaram no julgamento do caso no STF.
Propostas
A principal proposta defendida por Fruet durante os quatro meses de campanha foi o aumento do investimento em educação de 26% para 30% do orçamento público. Com R$ 100 milhões a mais por ano de mandato, o prefeito eleito pretende criar 15 mil novas vagas em creches, o que zeraria a fila de espera para crianças de quatro a cinco anos, além de aferir o real déficit de vagas.
Para a saúde, o prefeito eleito pretende ampliar o atendimento nas unidades para o terceiro turno em todas as regiões da cidade contratando mais profissionais. Para médio e longo prazo, Fruet pretende construir cinco unidades 24 horas em Santa Felicidade, Pilarzinho, Uberaba, Tatuquara e na Matriz.
Outra proposta de construção feita por Fruet foi a entrega de 15 mil moradias para população de baixa renda, além da regularização de dez mil lotes para retirar a população das áreas de risco. O prefeito eleito pretende também desburocratizar o processo de aprovação de loteamentos populares e catalogar os vazios urbanos para planejar reocupações por empreendimentos habitacionais.
Já para a segurança pública, Fruet defende um papel de polícia comunitária para a Guarda Municipal de Curitiba, com agentes nos bairros e módulos móveis. Ele se comprometeu durante a campanha a contratar pelo menos 1,5 mil novos guardas, instalar pelo menos mil câmeras de videomonitoramento, além de criar a academia da Guarda Municipal, de criar o Conselho Municipal de Segurança Pública e melhorar a iluminação da cidade.
O combate às drogas deve contar também com pelo menos 500 vagas para internamento de dependentes, através da parceria do Comitê Municipal de Prevenção ao Uso de Drogas, o Governo Federal e instituições religiosas e comunidades terapêuticas, segundo Fruet.
O prefeito eleito se comprometeu a destinar 1% do orçamento anual da Prefeitura para investimentos no setor de cultura, ampliando o quadro de funcionários e qualificando os planos de cargos e salários. Fruet quer criar um plano municipal para dez anos e fortalecer o Conselho Municipal de Cultura, além de construir o Parque da Música.
Sobre o repasse de potencial construtivo para as obras de reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014, o prefeito eleito defendeu a transparência e o acompanhamento da sociedade e órgãos de fiscalização.
A expectativa de Fruet é que a atual gestão não lance o edital do metrô este ano, permitindo a realização de audiências públicas e a tomada de uma decisão técnicas sobre o melhor projeto. Ele defende a existência de pelo menos quatro alternativas, que devem ser debatidas antes que um modelo seja determinado.
Em paralelo, o prefeito eleito pretende integrar os diferente modais de transporte, privilegiando o transporte coletivo, que deve contar com mais faixas exclusivas, linhas e quantidades de ônibus. Fruet pretende construir novos terminais na região sul e oeste para interligar a Região Metropolitana, além de reformar o Terminal do Guadalupe e o entorno. Ele se comprometeu também a construir 300 quilômetros de ciclorrotas, um terceiro anel viário, e a conclusão da Linha Verde, com novas trincheiras, viadutos e passarelas.
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