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Brasil Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2025, 13:30 - A | A

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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2025, 13h:30 - A | A

'É descaso', diz moradora que tomou banho frio de caneca por dias após queda de energia em SP

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Mais de meio milhão de imóveis continuam sem eletricidade nesta sexta-feira, 12, na Grande São Paulo. Já são mais de 48 horas desde o início do apagão, que chegou a atingir 2,2 milhões de endereços na região, após rajadas de vento de quase 100 km/h desde a madrugada de quarta-feira, 10. Às 13h32 desta sexta, 669.497 estão sem luz, segundo a concessionária de energia Enel - o que também afeta o abastecimento de água.

A Enel afirma, em nota, ter reforçado antecipadamente seu número de técnicos nas ruas. Ao longo do dia, diz ter 1,6 mil equipes em campo para restabelecer a energia, além de disponibilizar 700 geradores para as áreas afetadas (veja abaixo). Procurada pela reportagem, a Sabesp ainda não se manifestou.

Veja, abaixo, histórias de moradores de São Paulo afetados pela falta de energia e dágua decorrente do vendaval de quarta.

'É um descaso, né?'

A autônoma Fernanda Amaral estava desde as 7h15 de quarta-feira sem luz em sua residência na Rua Paulistânia, no Sumarezinho, na zona oeste da capital. Ela relata estar tomando banho de caneca com água fria há três dias. O abastecimento de água começou a faltar às 19h de quinta, 11. "É um descaso, né? Não dá para entender como 48 horas passam e nada acontece. Já se sabia da previsão de ciclone e não houve preparo", critica.

O condomínio dela tem gerador, que foi usado para manter a energia no elevador, na bomba de água e no salão de festas, onde moradores utilizam para carregar o celular e a geladeira no local foi usada para guardar remédios. "O resto tudo sem funcionar, então a geladeira começou a perder calor. Muita gente saiu para comprar gelo. Mas não adiantou." O gasto com diesel para manter o gerador funcionando foi de cerca de R$ 4 mil.

A energia em seu prédio foi restabelecida às 10h desta sexta, 51 horas após a interrupção. A água voltou às 11h30.

'Vivemos um momento muito dramático'

O síndico Cláudio Del Rio está sem energia e sem água desde a manhã de terça-feira, 11, no prédio em que trabalha na Rua Senador César Lacerda Vergueiro, também no Sumarezinho. Ele relata indignação com a prestação do serviço da Enel e da Sabesp.

"Impacta demais na vida de cada morador, inclusive nos custos. Não temos mais como recorrer à contratação de água potável. As empresas dizem não ter mais como nos atender. O posto de gasolina também não tem mais óleo diesel. Vivemos um momento muito dramático", conta. Ele aponta que a queda de energia no bairro é recorrente, e que o prédio em que é síndico comprou, na quinta, três caminhões pipa d'água, por cerca de R$ 1 mil.

'Situação delicada para aqueles que estão sozinhos'

No condomínio Ways Vila Sônia, no bairro de mesmo nome, na zona oeste de São Paulo, a falta de energia obriga os moradores a comprarem galões de água mineral para as tarefas cotidianas.

A farmacêutica Débora Silvestre Zaremba, de 43 anos, havia separado um balde de água para escovar os dentes, mas a reserva já acabou. Com isso, precisou recorrer aos amigos e parentes. "É uma situação desesperadora. A gente não sabe mais o que fazer."

A situação dela é ainda mais delicada porque está cuidando da mãe, Lázara, de 80 anos, com dificuldades de locomoção. Ela conta que o prédio de oito andares tem vários moradores idosos. "É uma situação delicada para aqueles que estão sozinhos, sem acompanhantes ou parentes."

O que diz a Enel

A Enel afirma ter reforçado antecipadamente seu número de técnicos nas ruas. Diz a nota da empresa: "A região metropolitana foi atingida por um vendaval considerado histórico pelo Inmet, que perdurou por cerca de 12 horas. O evento climático causou danos severos à infraestrutura elétrica. Em algumas localidades, o restabelecimento é mais complexo, porque envolve a reconstrução da rede, com substituição de postes, transformadores e, por vezes, recondução de quilômetros de cabos."

(Com Agência Estado)

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