"Outro dia chegou um lá na porta do Supremo, pulou as grades e disse: 'Eu vim aqui matar Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Flávio Dino'. E aí foi aquela confusão, corre a segurança, prende, etc", relatou.
"Depois, um ministro comenta com o outro. Eu disse: 'Queridos, vamos botar na porta do Supremo a placa com os nomes de todos os juízes e vamos colocar em ordem de antiguidade, e exigir que essas pessoas respeitem a antiguidade. O Gilmar vai primeiro, eu sou o último', porque até lá dá tempo de eu correr", brincou.
O episódio mencionado aconteceu em setembro. Na ocasião, um homem foi detido ao se aproximar de uma das entradas do tribunal e exigir ser levado a um dos ministros. De acordo com a revista Veja, ao revistá-lo a polícia encontrou uma faca de açougue.
Em painel sobre o novo regime de proteção do ECA Digital e dos impactos para o Marco Civil da Internet do 18º Congresso de Direito Constitucional do IDP, Dino falou sobre discurso de ódio e ameaças sofridas por autoridades. Ele citou mensagens que recebeu após se tornar ministro do Supremo.
"Nós recebemos manifestações gentis do tipo: 'Você merece ser esquartejado e os pedaços do seu corpo espalhados por toda a Esplanada dos Ministérios'. Eu já recebi uma mensagem assim. Eu pensei que, além de tudo, vai dar um bom trabalho, porque eu sou grande, né?", ironizou.
Encerrando o relato, o ministro disse usar o humor como forma de enfrentamento à intolerância. "Esse é o papel do bom humor para desconstruir o ethos do ódio. Oração do bom humor de São Tomás Moro, a oração preferida do Papa Francisco", disse.
Nesta semana, o Senado aprovou a criação de 40 cargos de técnico judiciário para atuação como policial judicial junto ao STF. Uma das justificativas é o aumento de ameaças direcionadas à Corte e a seus ministros.
(Com Agência Estado)
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