Na sessão do STF de terça-feira passada, os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski atacaram a atuação de Moro nos processos da Lava Jato. Críticos à operação, indicaram que devem votar pela suspeição do ex-ministro da Justiça em julgamento de recurso feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a condenação do petista por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).
Antes, os ministros Cármen Lúcia e Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, já haviam votado contra o pedido de suspeição de Moro. O desfecho do caso deve ocorrer até o fim de outubro. Diante do posicionamento de Gilmar e Lewandowski na sessão de terça, o desempate deve ficar nas mãos de Celso de Mello, quinto integrante da Segunda Turma, que se aposenta em 1º de novembro.
O pedido de suspeição feito por Lula pode anular o processo do triplex, o único em que Moro foi responsável por condenar o petista. Contudo, caso o Supremo decida pela suspeição, a avaliação entre ministros da Corte é de que decisões tomadas pelo ex-juiz em outros processos, como o do sítio de Atibaia e do Instituto Lula, podem ser invalidadas.
Em decisões anteriores, quando Moro e a Lava Jato recebiam forte apoio popular, Celso de Mello se posicionou contra os interesses da força-tarefa. Em uma delas, em novembro de 2019, votou contra a prisão após condenação em segunda instância, o que abriu caminho para a libertação de Lula.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.