Com a indicação de seu vice-governador, Thiago Pampola (MDB), - com quem já teve rusgas públicas no passado - ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Executivo fluminense passaria a ser comandado pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante a coletiva, o governador disse que os motivos para indicação foram sobre a necessidade de um "político" no tribunal.
"Thiago já estava no meu radar há algum tempo. Foi deputado estadual por três mandatos, secretário de Estado três vezes, vice-governador. Diferente de outros estados, onde se indicou esposa, filho, familiares, nós indicamos alguém com trajetória política, com experiência de gestão", continuou Castro. "A Constituição define a composição dos Tribunais de Contas: quatro indicados pelo Parlamento, três pelo Executivo, sendo dois deles técnicos - um da Procuradoria e outro do corpo de auditores. O TCE-RJ é o único do país com cinco técnicos e apenas um político. Está desbalanceado."
O governador fluminense também afirmou que colocar "alguém com vivência na gestão" ajuda a evitar que o tribunal se torne uma "corte punitivista".
Ele utilizou o exemplo de um gestor que necessita comprar remédios em caráter emergencial, porque a licitação é deserta. Mas, na "letra fria" do processo, o conselheiro técnico supostamente multaria o gestor, mesmo que a atitude tenha sido correta.
Nesse sentido, o bolsonarismo no Rio caminha para apoiar Bacellar ao governo estadual. Ao assumir o cargo o presidente da Alerj já contaria com um palanque e máquina pública para enfrentar suposta candidatura de oposição do prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD).
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.