A classificação, chamado de benchmarking, integra a lei antidesmatamento do bloco, que proíbe a entrada de produtos ligados a desmatamento nos países europeus a partir de 30 dezembro deste ano. De acordo com o risco estabelecido pela Comissão Europeia os países terão maiores ou menores exigências a cumprir no processo de comprovação de que os produtos não estão ligados ao desmatamento. A normativa atinge as cadeias de gado, cacau, café, óleo de palma, borracha, soja e madeira.
O Itamaraty afirmou ainda que a lista publicada pela Comissão Europeia, a metodologia e as fontes de dados utilizadas serão examinadas de forma detalhada pelo governo brasileiro. "O Brasil continuará insistindo com as autoridades comunitárias a respeito da importância de que sejam privilegiados o diálogo e a cooperação, por meio da coordenação e consulta aos países sobre a especificidade de seus sistemas produtivos, para buscar reduzir as consequências negativas da implementação da lei antidesmatamento e diminuir seu impacto atual e futuro para produtores e exportadores brasileiros", afirmou o MRE.
Na nota publicada pelo Itamaraty, o governo brasileiro reafirmou seu "posicionamento crítico" em relação à lei europeia. "A legislação constitui medida unilateral e discriminatória e desconsidera os esforços nacionais e multilaterais para a preservação de áreas florestais e enfrentamento da mudança do clima. A medida acarreta ônus significativo e desproporcional aos países que praticam a agricultura tropical de maneira responsável e sustentável como o Brasil, com impactos ainda maiores para produtores de menor escala", criticou o Itamaraty. No ano passado, o governo brasileiro pediu à União Europeia a revisão da legislação.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.