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Brasil Quarta-feira, 22 de Outubro de 2025, 16:30 - A | A

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Quarta-feira, 22 de Outubro de 2025, 16h:30 - A | A

Americana afirma ter sido estuprada por funcionário de hotel de luxo na Avenida Paulista

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Uma americana de 57 anos afirma ter sido estuprada por um funcionário do hotel Blue Tree, que fica na Avenida Paulista, em São Paulo. O caso, que tramita em segredo de Justiça, aconteceu durante uma viagem a trabalho da vítima ao Brasil, na noite de 27 de setembro de 2024. Réu pelo crime de estupro, o funcionário do hotel, de 19 anos, alegou, por meio da defesa, ter tido relação consensual com a mulher. Em nota, a rede de hotéis disse colaborar com as investigações.

Era o último dia da americana no Brasil. Naquela noite, ela preferiu não sair com os colegas - brasileiros e americanos - da empresa. Segundo informações do inquérito policial, ao qual o Estadão teve acesso, a vítima não conseguiu pedir o jantar e um vinho pelo telefone do quarto. Ela não fala português, e quem atendeu não falava inglês.

"Fui à recepção, fiz meu pedido de serviço de quarto, e depois fui ao bar para pedir uma bebida. Como era minha última noite em São Paulo e não tinha planos de sair, pedi uma garrafa de vinho", contou a mulher, em depoimento à Polícia Civil. Com auxílio de um tradutor online, ela pediu o vinho e conversou com o funcionário do hotel.

De acordo com a versão da vítima, o rapaz perguntou se poderia levar o vinho até o quarto. Ela aceitou e disse à polícia que o pedido não lhe pareceu incomum, visto que durante a estadia outros funcionários tinham se oferecido para levar comida, bebida e bagagens até o quarto. A ida deles até o quarto foi registrada por câmeras de segurança, e as imagens constam no inquérito.

"Assim que entramos no quarto, de repente o funcionário do hotel me abraçou e me beijou enquanto eu ainda segurava a taça de vinho que havia trazido do bar. Ele se tornou muito agressivo comigo e eu lhe disse 'não' enquanto lutávamos", relatou. O inquérito aponta que o rapaz ficou no quarto por nove minutos.

Exames do Instituto Médico Legal (IML) indicaram que a vítima sofreu conjunção carnal e constataram presença de sêmen na vagina e no ânus. Ela também teve escoriações nos braços e nas pernas. Os laudos não apontaram consumo de outras drogas, além do álcool, por parte da americana.

Após o crime, ela mandou uma mensagem para um amigo da empresa - também americano e que não fala português. Na troca de mensagens com ele, a mulher disse: "o hotel me deixou aqui sozinha. Eu não consigo acreditar nisso. Eu não consigo acreditar no que aconteceu. Eu só queria ir para casa."

O amigo da vítima estava com outra brasileira, que trabalha para a mesma companhia, e que o acompanhou até o hotel na Avenida Paulista. Os dois prestaram depoimento à polícia e relataram ter encontrado a vítima no quarto do hotel, completamente abalada.

Conforme os relatos, funcionários do hotel se negaram a acionar a Polícia Militar (PM), o que foi feito pela amiga brasileira. "Os membros do staff se recusaram a prestar qualquer assistência e disse que 'não podiam chamar a polícia'", disse o amigo em depoimento. "Quando a polícia chegou os membros do staff continuaram tentando interferir, e a polícia os afastou", afirmou.

Após a chegada da PM, houve uma tentativa de identificação do suspeito, mas ele havia fugido do local. Durante a fase de inquérito, ele não foi localizado pela polícia. Agora réu pelo crime de estupro, ele apresentou defesa no processo. O Estadão entrou em contato com os advogados dele e aguarda retorno.

Mulher ficou 26 dias internada

Uma audiência de instrução do processo, quando o juiz ouve as partes, testemunhas e analisa provas, está marcada para janeiro de 2026.

"A gente espera que seja feita justiça pelo estupro praticado. Ela é uma jovem senhora, que está abaladíssima com o que aconteceu, e que vai levar pro resto da vida esse trauma", disse Maria Tereza Grassi Novaes, advogada da vítima.

A mulher retornou aos Estados Unidos um dia após o crime. Em depoimento, ela afirmou que precisou ficar cinco semanas afastada do trabalho, além de ter passado 26 dias em uma clínica psiquiátrica. Ela relatou ter começado a tomar remédios para ansiedade e depressão após o estupro.

Segundo a advogada, a defesa da mulher está em tratativas com a direção do hotel para que seja paga indenizações por danos morais e materiais, que podem chegar a US$ 150 mil (mais de R$ 800 mil). Caso não haja acordo extrajudicial, Maria Tereza disse que a defesa entrará com uma ação para a reparação financeira.

O que diz a direção do hotel

Em nota, a direção do hotel Blue Tree informou que "sempre tem como prioridade o bem-estar e a segurança de seus hóspedes" e que "não compactua nem compactuará com qualquer conduta imprópria eventualmente praticada nos seus empreendimentos". A rede afirmou que colabora "integralmente com qualquer apuração ou investigação".

(Com Agência Estado)

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