Quando considerados estudantes do ensino fundamental, essa proporção reduz bastante, sugerindo que o uso da IA aumenta com a idade, assim como todas as demais ferramentas digitais. Entre alunos dos anos iniciais do fundamental (1.º ao 5.º ano), apenas 15% usam os chats para pesquisas escolares; nos anos finais (6º ao 9º ano), são 39%. No total dos alunos entrevistados, a média é de 37%.
A pesquisa revelou também que os estudantes usam vídeos publicados em redes sociais como fonte de informação. Pela primeira vez, esses canais e aplicativos - como TikTok e YouTube - são tão relevantes quanto navegadores de busca tradicionais, como o Google, para os alunos na realização de pesquisas escolares.
Isolando os estudantes do ensino médio, quase 9 em cada 10 deles assistem a esses vídeos para pesquisas escolares. É a mesma proporção dos que usam sites de busca. Já ao ampliar para todos os anos escolares, a proporção fica próxima dos 70%. As redes sociais, como Instagram, por sua vez, são usadas por quase metade (46%) dos estudantes de todos os níveis escolares na hora de buscar informações para os trabalhos. Livros digitais, site ou plataforma da escola e do governo são usados por 54%, 39% e 30% do total, respectivamente.
Com relação à orientação recebida pelos alunos nas escolas, metade (51%) conta que foi informada sobre quais sites devem ser usados nas pesquisas escolares e 47% dizem que foram ensinados como verificar se uma informação ou notícia da internet é verdadeira. No entanto, apenas um em cada cinco (19%) dos alunos do fundamental e do médio foi orientado especificamente sobre como usar IA em atividades da escola. Daniela Costa, coordenadora da pesquisa, destaca que o uso dessas ferramentas pelos alunos carece de mediação por parte de profissionais de educação. "É importante que os estudantes tenham acesso a essas tecnologias, mas de uma forma segura, crítica, criativa", avalia.
O QUE FAZER? Especialistas em educação dizem que o ministério e as secretarias de Educação precisam elaborar diretrizes de governança que indiquem qual o melhor uso da IA. "Na minha visão, a IA afeta diretamente dois objetivos centrais da educação: desenvolver o pensamento crítico e a criatividade dos alunos", diz Dora Kaufman, da PUC-SP.
(Com Agência Estado)
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