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Artigos Quinta-feira, 07 de Novembro de 2013, 11:18 - A | A

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Quinta-feira, 07 de Novembro de 2013, 11h:18 - A | A

Será que estou ajudando?

A estrutura administrativa deveria ser dividida em duas vertentes apenas: das pessoas saudáveis e das pessoas sem saúde perfeita

MOACYR FREITAS






Divulgação

Sabemos que a cidade vive dos que vivem nela. É muito certa essa afirmativa. Por que, então, não tratar bem as pessoas que andam a pé pela cidade e que dão animação e vigor a ela?


Diante das inúmeras desatenções a essas pessoas é que cheguei a conclusão de que algo está mal focalizado na administração da nossa cidade. Numa análise da administração senti muito pouco aplauso a ela porque a estrutura do seu governo não visa o objetivo imediato de satisfazer as pessoas no que lhes toca mais de perto.

Vê-se muita preocupação com aquelas que estão dentro dos seus meios de transportes, os automóveis; por onde estes transitam e onde estacionam. Porém, nenhuma ou pouca preocupação com aquelas outras que andam a pé.

Sabemos que não se atinge todos os lugares dentro de veículos. Por isso os caminhos dos pedestres devem ser bem mais cuidados para dar satisfação aos que transitam por eles. Porém, isso não se vê por aqui.

Muita atribuição a uma mesma secretaria faz com que ela se torne dispersiva. A importância dos pedestres é tanta que mereceria um departamento exclusivo para cuidar apenas deles. São eles os responsáveis pela vida da cidade.

São as pessoas que caminham pelas calçadas, pelas praças, jardins, largos e parques... Deve-se cuidar para que neste caminhar não sofram, não se aborreçam, mas sintam satisfação de andar na cidade onde nasceram ou escolheram para morar e viver.

Solucionando apenas outros problemas, foge-se da mais importante para o louvor imediato da ação do prefeito. Ainda que outras atenções sejam necessárias, elas não tocam de perto no sentimento da maioria dos moradores efetivos da cidade que, sentindo-se desprezados, não aplaudirão a administração.

Os pedestres merecem atenção imediata porque eles estiveram na frente para construir a cidade, para formarem a sociedade. Os transportes coletivos vieram depois.

A estrutura administrativa deveria ser dividida em duas vertentes apenas: das pessoas saudáveis e das pessoas sem saúde perfeita. As saudáveis, naturalmente, usufruiriam com satisfação de todo equipamento social criado para elas. Para dar vida à sociedade. As adoentadas seriam tratadas com equipamentos outros apropriados para seu pronto restabelecimento. Teríamos assim, uma administração cuidadosa, para o bem-estar da população e não para o seu desassossego.

O começo seria por onde as pessoas andam; pelas escolas onde suas crianças estudam; pelos espaços onde buscam seu lazer; por onde os mais idosos encontram convívio saudável de muita paz, carinho e tolerância.

Depois, os cuidados maiores com transportes coletivos e de cargas tão necessários para grandes distâncias e abastecimento da cidade. Os dois poderiam ser tratados simultaneamente.

Porém, repetindo, a atenção imediata deve ser dada para os que andam a pé. São os cuidados que se devem ter com as calçadas, com pisos apropriados, retirando deles os entraves que atravancam ou causam acidentes e poluições aos que nelas caminham. Deve-se dotá-las com arborização apropriada e de arbustos que lhes deem sombras e ainda cobertura vegetal de áreas para absorção do calor. Nos largos e praças, beneficiar as pessoas amenizando a temperatura do ar com borrifos de águas de chafarizes ou com as prazerosas presenças de lâminas d’água em pequeno ou sinuoso lagos, ou a visão maior de água em abundância do rio e nos parques, onde as pessoas possam deles usufruir em passeios embarcados...

Observa-se que apesar de existirem lugares assim propícios, não chegaram neles esses tratamentos como ocorre com o Parque Mãe Bonifácia, o mais famoso, que não tem o seu esperado lago projetado.

Acredito que estas lembranças poderão ser úteis aos que cuidam de nossa cidade, os que amam Cuiabá.

Todas as Administrações têm a clássica preocupação: educação, saúde, transporte e segurança. Contudo, esquecem da prioridade, aqueles mais antigos, descendência que montaram a sociedade para os que vieram depois.

Conclui-se que a atenção deveria partir do Centro Histórico e do Porto.

“A cidade vive dos que vivem nela”. Observou nosso saudoso radialista cuiabano João Alves de Oliveira, meu prezado parente e amigo de infância e juventude.



*MOACYR FREITAS é
arquiteto e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Jomax 08/11/2013

Cadê as árvores na calçada prefeito? e os lagos nos parques? Cuiabá é a Cidade Verde ou Não?

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Julio Muzzi 08/11/2013

O artigo escrito pelo Dr.Moacyr Freitas, e devidamente comentado, trata-se de uma "bandeira" a ser levantada pela população/imprensa/prefeito municipal/e pelos políticos, uma vez que vem atender o interesses de toda a comunidade. Não mas podemos negar que Cuiabá é hoje uma ilha de calor, e providencias urgente tem que serem tomadas, como a revitalização do Porto, já iniciada pela atual administração Mauro Mendes. Vomos incluir já nessa bela iniciativa de revitalização do Porto, as ideias do eminente Professor.

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Marlon Cesar 08/11/2013

Espetacular e muito apropriada e conveniente este artigo do Dr. Moacyr Freitas, que, diga-se de passagem, foi o primeiro arquiteto cuiabano e, dentre vários projetos importantes para Cuiabá, como a avenida Miguel Sutil e o idealizador do local para contemplar todos os órgãos do Estado em um só lugar, onde serve de exemplo para várias cidades no Brasil, foi também quem fez o projeto da Rodoviária de Cuiabá, uma das mais modernas e bonita do Brasil, mas que nestes últimos governos do Estado não lhe dão a atenção que deveria, vez que após passar muitos anos ainda se encontra administrada por uma concessionária que tem seu contrato vencido e mantido sabe lá como. Mas, voltando ao artigo, realmente as calçadas de Cuiabá estão bem esquecidas por nossos governantes. E já que os prefeitos não fazem nada para satisfazer e melhorar o clima quente para as pessoas que caminham pelas calçadas, nossa câmara municipal, em vez de ficarem brigando entre seus membros, alguém lá poderia trabalhar um pouco e fazer um projeto para obrigar o executivo municipal tomar medidas para melhorarem nossas calçadas e praças, principalmente no aspecto de amenizar o calor de quem anda a pé. E, quando nosso governo do Estado vai terminar definitivamente o Parque Mãe Bonifácia e construir o lago, vez que está no seu projeto original esse lago. É uma vergonha para Cuiabá, a capital mais quente do Brasil, ter parques sem nenhum lago. Parabéns pelo belo e inteligente artigo, Dr. Moacyr Freitas! espero que nossos gestores públicos leem esta matéria.

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Julio Muzzi 07/11/2013

Meu Ex. Prof./colega Moacyr Freitas magnífica a sua opinião, e tenho certeza que chegara ao conhecimento da atual administração, que dará a devida atenção. Como analista de liberação de recurso federal, tive a oportunidade de analisar a liberação de recurso para execução de calçada, para um município do interior do Estado; e recorrendo a literatura técnica, tomamos conhecimento da importância social/humana, de uma calçada de boa acessibilidade, sendo a cidade de Bogotá na América Latina, uma das cidades que mais investe em calçada. A sua sábia orientação certamente veio em boa hora.

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4 comentários

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