Todos os cuiabanos se lembram da festança que foi a assinatura do Edital, para lançamento do novo estádio de futebol para a Copa do Mundo 2014, chamado de Arena Pantanal.
O projeto foi encomendado pelo governo do Estado para arquitetos de fora, com uma condição apenas: deveria estar pronto antes da saída do governador que estava deixando o cargo, antes do seu tempo regulamentar.
Dizem que os arquitetos cumpriram, sabe-se lá como, o contrato e o preço foi pago com sabor baiano - bem apimentado.
O valor inicial do Edital para a construção da nova obra era de 405 milhões de reais.
Vários consórcios nacionais compraram a pasta do projeto, após serem credenciadas pelos órgãos competentes.
Comenta-se pelas quatro rodas da cidade, não há como comprovar, que um desses consórcios obteve informações privilegiadas.
O projeto do Edital apresentava inúmeros e grosseiros erros técnicos, especialmente na sua fundação.
O pregão com toda a transparência deste mundo foi aberto, e o Consórcio vencedor foi o mineiro Santa Bárbara/Mendes Júnior, que “concedeu” um desconto de 15%, cujo valor passou a ser então de 342 milhões de reais para um estádio ou arena oca.
A obra oca é aquela que não contempla cadeiras, placares eletrônicos, telões de televisão, serviços de som, ar condicionado nos setores ocupados pela imprensa, camarotes, etc.
Essa economia foi muito explorada nos Informes Publicitários Oficiais.
Acontece que a Santa Bárbara, que é a líder do consórcio, sabia que jamais poderia executar o projeto feito a toque de caixa pelo governo, especialmente com relação às fundações.
Fizeram o que fazem, quando em conluio. Adequou o projeto, que sabiam mal feitos e cobraram o que quiseram.
O valor hoje da obra oca já está custando mais de 450 milhões de reais.
O deputado Percival Muniz calcula que essa obra pronta custará o dobro do valor inicial do Edital do governo.
A famosa obra da Arena Pantanal, a mais bela do Brasil, começou em abril do ano passado, e nesse período só aconteceu a demolição do nosso Verdão.
Precisamos de orientação dos Tribunais de Contas da União e, do Estado, Assembléia Legislativa, governo do Estado.
Afinal são recursos do contribuinte que estão inexplicáveis, fazendo falta principalmente à saúde pública totalmente falida.
O Ministério Público já chamou a atenção que os operários do agora buracão sofrem risco de vida por falta de equipamentos de proteção.
Em janeiro os trabalhadores ameaçaram paralisar os seus serviços, por salários dignos.
Se no consórcio vencedor estivesse envolvida uma construtora cuiabana tenho certeza que pelo menos a mídia local estaria mais interessada em esclarecer o que estaria acontecendo com o nosso dinheiro.
A sociedade civil precisa ser informada para participar.
(*) GABRIEL NOVIS NEVES é médico e professor universitário. E-mail: [email protected]
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