Quarta-feira, 01 de Maio de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,19
euro R$ 5,55
libra R$ 5,55

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,19
euro R$ 5,55
libra R$ 5,55

Artigos Segunda-feira, 20 de Abril de 2015, 16:43 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Segunda-feira, 20 de Abril de 2015, 16h:43 - A | A

Reflexão e utopia

Dia de Tiradentes, deveria servir para refletirmos sobre nossas utopias e nossos percursos em busca da felicidade

JOÃO EDISOM

Facebook

João Edisom

 

Queremos políticos melhores, um planeta melhor, um mundo melhor, uma vida melhor, pessoas melhores, dias melhores, mas o que fazemos para isso? Queremos viver a utopia na forte constância de seu conceito. Mas para que serve a utopia? Felicidade existe? Ou a felicidade é o caminho? É a própria utopia em si?

 

Para Galeano “a utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos e ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.

 

Querer algo melhor para nós deveria ser um percurso em movimento constante de um lugar desconfortável para um mais confortável. E se não é possível caminhar sozinho deveríamos lutar para chegarmos juntos e nunca sozinho.

 

O mesmo Eduardo Galeno fala que “somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos”. Logo veremos que se torna impossível uma felicidade isolada, solitária, mas que é através do outro, ou dos outros, que encontramos o pote de ouro no final do arco íris, ou quem sabe o próprio arco íris.

 

Dia de Tiradentes, ou 21 de abril, deveria servir para refletirmos sobre nossas utopias e nossos percursos em busca da felicidade. Lutar por nós mesmos ou lutar por coisas maiores que conduz mais gente à um mundo menos injusto?

 

 

Somos seres sociais, por isso nossa necessidade de compartilhar não só tristezas, mas também as benesses conquistadas. Afinal, para que serviria o banquete sem os convidados? Sendo assim, é por eles e por nós que lutamos.

 

Podemos afirmar que o utópico é o ser humano bom, pois luta por aquilo que os outros já desistiram. Para Mario Quintana, “se as coisas são inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora a presença distante das estrelas”. E são poucos que tem a coragem e o desprendimento em favor dos ideais sociais.

 

A vida é coletiva, fora deste contexto poderemos afirmar que não é vida, mas apenas sobrevivência. Sobreviver por sobreviver é muito dolorido. Chalita afirma que “a felicidade só deixa de ser utopia quando nos completamos com a inteligência e o afeto do outro”. Até porque, para mim, vida tem que ser uma constante utopia de tentarmos ser bem mais do que estar vivo.

 

Tiradentes, ou 21 de abril, não pode ser entendido como mais um feriado, ou a morte de líder inconfidente, porque é mais que isso. É a busca da felicidade coletiva, a busca de dias melhores, da utopia enquanto caminho solidário de uma felicidade perene, porém instável.

 

 

Viva os loucos, os poetas, os inconfidentes... Viva os que fazem da labuta diária caminhos utópicos que mais cedo ou mais tarde se tornam realidade mesmo que os próprios não estejam mais aqui para usufruírem.

 

 

*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias

 

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros