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Artigos Quarta-feira, 18 de Setembro de 2013, 10:13 - A | A

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Quarta-feira, 18 de Setembro de 2013, 10h:13 - A | A

Por favor, pode passar!

No trânsito, de quem é a prioridade, do carro particular ou do coletivo?

ALIANA CAMARGO




Arquivo Pessoal

Desde que li um artigo de Soninha sobre a situação dos coletivos nas ruas de São Paulo, mudei a minha forma de pensar e agir no trânsito.

As palavras dela naquele texto, me fizeram repensar como sempre atuava de forma individualista e que, desmerecendo o coletivo e o que poderia ser mais sustentável, preferia, como uma ascensão à classe média ir de carro à todos os lugares.

Comecei a refletir que no trânsito, quem tem prioridade, é o coletivo. Simplesmente esses veículos grandes carregam dezenas de pessoas, muitas delas em pé, que saem do seu trabalho para casa, de casa para a escola, do trabalho para a faculdade. Incremente a isso o tempo descompassado dos engarrafamentos, cada vez mais recorrentes em Cuiabá.

Sempre queremos estar à frente dos coletivos. Certa vez, vi um colega fazer uma curva fechada junto com o ônibus, não deu tempo e o óbvio aconteceu – o veículo maior acabou por amassar a lateral do carro-novo-do-universitário-indignado. Claro, chateação gratuita tanto para o trabalhador quanto para o colega que não entendeu que a prioridade é do ônibus.

Depois do artigo que li e me transformou há alguns anos, percebi que posso fazer algumas mudanças. Posso gerar gentilezas no trânsito, posso deixar de me indignar menos e tratar com mais cordialidade, até mesmo com um motoqueiro, ainda que haja uma relação complicada neste trânsito de Cuiabá com quem pilota.

Esse estado consciente das coisas me deixa alerta no dia-a-dia, porque a situação do individualismo no trânsito em Cuiabá está tão marcante que nos oferece mais riscos ir de carro do que ir de qualquer outro meio.

Recentemente foi implantado o corredor de ônibus na Avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá. A via exclusiva está causando indignação em empresários e demonstra que os motoristas precisam se reciclar. Ainda não entenderam que faixa escrito ÔNIBUS é somente para este tipo de veículo passar, e que por isso não tem como fazer do corredor um estacionamento para carros.

Lembro-me de certo dia em que estava só, dentro do carro. Assim como muitos outros veículos trafegavam com seus motoristas solitários, estava eu ouvindo o rádio no meu celular, meu companheiro inseparável.

Cheguei a uma via perto do Sesi Papa em que a preferencial é para quem faz a curva. De onde estava avistei um ônibus lotado, em pleno horário de pico, parei o carro e dei o sinal de liberação da rua para os veículos passarem.

A minha intenção era esperar os cinco carros que estavam à frente mais o ônibus passarem, e assim, dar a preferência para o coletivo. Nada mais justo, já que ali havia muitas pessoas que deixavam seus trabalhos e iam para sua casa. Quem sabe ainda pegariam outro coletivo no terminal do CPA 1; quem sabe ainda iriam esperar por muitos minutos outro ônibus e que quando chegasse em casa, teriam que enfrentar a rotina doméstica que faz de nós seres comuns.

A intenção foi boa, cumpri o que desejei naquele momento. Mas tive que ouvir muitas buzinas, muitos motoristas que estavam atrás de mim e que não entenderam a gentileza. Presenciei desatino de ouvir palavras desagradáveis. Coisas do momento, que ferem mais quem emite as bad words do que quem as recebe.

Continuo assim, nessa caminhada, gerando gentileza e não necessariamente olhando para mim mesmo. Pego mais coletivos para ir ao trabalho e quando vou de carro sempre penso – coletivo, por favor, pode passar!


* ALIANA CAMARGO é jornalista em Cuiabá

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Raquel Teixeira 19/09/2013

Alana, muito oportuno seu artigo. A grande maioria de nós acostumou-se a pensar apenas no seu mundinho, esquecendo-se do coletivo, de quem vivemos em uma colmeia e não numa caixa fechada, onde apenas o eu conta. Trânsito é cidadania, é educação, é gentileza. Uma cidade pode ter placas, vias exclusivas, faixas aos milhares, semáforos e cada metro..mas se as pessoas que a formam não tiverem um mínimo de consciência cidadã, de nada valerão os esforços.

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CIDA NOGUEIRA 18/09/2013

Boa noite,sempre agradeço a Deus por mais um dia e cada experiencia vivida.Tú foste muito gentil e solidaria,mas hoje as pessoas são poucas que entendem,que fazer o bem nos fortalece e nossa luz espiritual precisa deste alimento.Parabéns

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2 comentários

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