Arquivo pessoal |
![]() |
Primeiro, tem que se ter em mente que uma das classes de servidores mais consagradas e ao mesmo tempo vítima de preconceito é a função da POLÍCIA MILITAR.
Faça chuva ou faça sol, tem sua escala para cumprir, vidas a salvar e a proteger! Por experiência própria, durante 10 dias ao mês, vivencio a fronteira com a Bolívia com a equipe do GEFRON, e sei como a vida desses guerreiros pode ser sofrida!
Mas o que estou vendo, pouco a pouco, se desenrolar é o desânimo na tropa de todo Estado por conta dos baixos salários, em que a moeda de troca é a própria VIDA. Mato Grosso tem o 4ª pior salário do Brasil entre os praças, uma distorção em relação aos oficiais de alta patente!
A sociedade civil e organizada precisa tomar conhecimento disso, para poder cobrar uma segurança eficiente pois, isso se reflete em todos nós, um exemplo trágico é que um simples jogo de futebol do campeonato brasileiro onde não se tinha policiamento interno aconteceu o pior, imagine isso em uma escala maior?
Desgastes, equívocos e erros sempre existirão na atividade policial; mas nenhum erro será maior para a sociedade do que transformar a polícia em um lugar de covardes burocratas, que se escondem atrás de procedimentos e regras acabadas, que não resolvem o imediatismo do pavor de um crime acontecendo.
A polícia não é uma profissão de certezas, de escolhas fáceis e certas, de ausência de riscos, de legalidades simples dos bancos acadêmicos.
Polícia é risco e incerteza 24 horas do dia. Não existe a possibilidade de esperar um criminoso sacar a arma e apontá-la para você antes de você decidir atirar. Não existe o discurso do herói, do fazer o bem para a sociedade, do transformar o mundo em lugar melhor quando apontam uma arma para você.
Ninguém vai pra rua quando o confronto é iminente e a derrota certa, seja morrendo ou voltando vivo para casa. Essa situação tem que se tornar pública e levada a conhecimento de todos fora da CASERNA, nos jornais, TVs e mídias eletrônicas, é assim que um movimento toma corpo e forma!
Assistimos a tragédia do futebol, essa imagem vai correr o mundo, e quantas mais fatalidades teremos que presenciar para o governo começar a agir? Hoje, na polícia, é mais cômodo não fazer nada, pois aí você evita os riscos das decisões incertas e os procedimentos que delas advém. Ocorre, que isso é o fim da polícia, de nossos protetores.
A SOCIEDADE CIVIL E ORGANIZADA não deve apenas COBRAR e sim QUESTIONAR: QUANTO VALE A VIDA DE UM PAI DE FAMILIA QUE, DIARIAMENTE, LUTA PARA MANTER A PAZ E A ORDEM PÚBLICA? PODERÍAMOS DIZER QUAL O VALOR DE UMA VIDA?
*MAX CAMPOS é servidor público estadual.
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.
Rodrigo 13/12/2013
Parabéns, você foi na alma dos problemas das polícias
Rodrigo Guimarães 12/12/2013
Parabéns pelo texto...Muito eloquente e pela experiência que vivencia tem conhecimento que a nossa vida de policial militar não é nenhum mar de rosas...Tenho filhos e sempre fica uma parte de mim se perguntando quem estara cuidando da segurança deles enquanto eu cuido da vida de pessoas que me olham desconfiados e as vezes temerosos,e se vou ter um salario para bancar ao menos uma alimentação adequada para eles e minha esposa. PARABÉNS AMIGO MAX E ESPERO QUE A SOCIEDADE CIVIL MAIS E MAIS COMO VOCÊ SE ATENTEM AO DESCASO QUE VIVEMOS. Fique com Deus...
biramar 12/12/2013
gostei de sua opinião,oxalá se todos da sociedade civil abraçasse essa bandeira.porque sem uma policia valorizada a tendencia e o caos total da sociedade,digo isso pelo o que estamos presenciando no Brasil,principalmente em Cuiabá.
3 comentários