Domingo, 06 de Outubro de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,46
euro R$ 5,99
libra R$ 5,99

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,46
euro R$ 5,99
libra R$ 5,99

Artigos Quarta-feira, 11 de Setembro de 2024, 10:56 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quarta-feira, 11 de Setembro de 2024, 10h:56 - A | A

GABRIEL NOVIS

Pensar dói

GABRIEL NOVIS NEVES

O escritor Ruy Castro publicou recentemente um artigo instigante dizendo que ‘pensar dói’. 

Relata que pesquisadores universitários holandeses chegaram à essa conclusão após analisar cerca de 358 tarefas cognitivas.

A análise foi feita com o auxílio de um programa especial da Nasa, o que dá mais autoridade do que a de pesquisadores limitados a só usar o cérebro.

Certas atividades cerebrais, como fazer cálculos matemáticos, ou tomar decisões que envolvam um sim ou não de vida ou morte, provocam sensações orgânicas que podem ser classificadas como dolorosas. 

Segundo o estudo, quanto maior o esforço mental, maior o desconforto físico. 

Não é preciso pensar muito para se chegar a esse óbvio.

O estudo não considera a hipótese de todo o esforço mental ser relativo. 

Ele pelo menos admitiu certa possibilidade de diferença entre as pessoas, citando estudantes universitários e militares — imagino que cada um numa ponta do espectro cognitivo. 

Continuando, Ruy Castro diz que o que o espanta é a conclusão que ‘pensar dói’ tenha vindo de uma instituição da Holanda, país admirado por produzir pensadores em tantos ramos.

Eram holandeses os dois pilares da filosofia (Erasmo e Spinoza) atividade cuja única ferramenta é o pensamento. 

E não há registro que Erasmo e Spinoza sofressem de lombalgia ou dor de dentes por pensar.

Holandeses foram pintores, como Van Gogh, Rembrandt, e pintar envolve decidir em um segundo se se dá esta ou aquela pincelada.

E alguns dos jogadores mais cerebrais da história do futebol eram holandeses — Cruyff, Van Basten.

Vieram provar que nem sempre o cérebro precisa estar na cabeça.

Os holandeses inventaram também a fita cassete, o CD e o DVD, e temos de lhes ser gratos por isso.

Mas depois os desinventaram —e pensar nisso, sim, dói.

(*) GABRIEL NOVIS NEVES é médico e ex-reitor da UFMT.

FONTE: https://bar-do-bugre.blogspot.com/

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros