Arquivo pessoal
Tive um sonho de ontem para hoje que quase me leva às lagrimas.
Geralmente, quando sonho, este sonho não dura mais de 5 minutos. Mas este, de terça para quarta parece que foi uma eternidade.
Sonhei que estava vivendo novamente os meus dias de estudante em Uberaba, Minas Gerais, cidade na qual fiz uma coleção de amigos e colegas de Faculdade, que poucos tiveram iguais.
Imagens cristalinas vieram no meu sonho, das nossas aulas, das aulas práticas na policlínica, dos nossos lanches no bar do Sr. João, dos jogos estudantis universitários, onde a disputa entre a Odontologia e a Medicina, em todas modalidades esportivas, faziam a cidade tremer suas sete colinas.
Vieram as imagens dos meus primeiros dias de Uberaba onde sua grande atração era o Cine Metrópole que para se adentrar só de terno e gravata, em cima o bar Galo de Ouro reduto de poucos estudantes, porem com enorme frequência dos reis do Zebu.
Rua acima, parecia eu degustando uma pizza maravilhosa no bar da viúva, e com um copo de Chopp da Antártica saindo “fumaça” de gelado.
As noites de sexta, sábado e domingo, indubitavelmente era o ápice para os jovens universitários.
Explodiam os centro acadêmicos da Odontologia o CAMP, da Medicina, da Engenharia e do Direito.
A “gurizada” se perdia no meio de tanta mulher bonita. Era um desfile que curava qualquer catarata, por mais severa que fosse.
Domingo era dia de futebol. Aliás, todo dia era dia de futebol, mas no domingo era um futebol diferente. Era dia do Bolinha nos pegar na república, passarmos na sua casa para apanhar a “farda” como ele chamava as camisas do time, e irmos para uma pelada na sua chácara e depois chupar laranjas tirada do pé.
Homofobia, Gordo fobia, ataque racial, maconha, cocaína, LSD, isso nem sabíamos o que era. Nosso negócio era meninas, futebol e Centro Acadêmico.
Vivi em um país diferente. Tive amigos e colegas diferenciados e hoje acordei de joelhos dobrados para agradecer a quem me proporcionou isso tudo: O GRANDE JESUS CRISTO.
Obrigado Senhor, pois continuam saudades e mais saudades gravadas a ferro e fogo no meu coração.
(*) EDUARDO PÓVOAS é Cuiabano.
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br
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