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Artigos Sábado, 19 de Julho de 2014, 19:41 - A | A

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Sábado, 19 de Julho de 2014, 19h:41 - A | A

O mundo da política rasteira

É necessária uma mudança cultural na política, que o povo entenda que a sua arma cívica é o seu voto...

WILSON FUÁH




Arquivo pessoal

Com tantas prisões, diante tantas CPIs com resultados finais não confiáveis, foram produzindo quadros vergonhosos que fizeram com que os trabalhadores se afastassem da vida política.

A grande maioria dos eleitores não recebe informações necessárias de forma simples, didática e lógica sobre a importância do ato de votar. Os eleitores são entregues aos monstros da política rasteira, que os cativam com a lábia dos espertalhões, e que com a mágica da malandragem, engendrada pelos marqueteiros, vendem candidatos com seus falatórios decorados, transformados em super-homens, com solução para tudo. Com essa poderosa ferramenta os políticos vão enganando os eleitores e perpetuando-se no poder.

Quando um candidato pedir o seu voto, faça esta pergunta a ele: porque você quer ser governador?

Ele dirá que nasceu para servir o povo, que ama este estadão de Mato Grosso, mas na verdade a maioria dos candidatos está em busca de projetos pessoais e patrimoniais. Dirá ele que é soldado do partido e como foi o escolhido, assim sem ele saber nas convenções, jamais poderia acovardar-se diante dessa luta em nome do povo.

Mas, na verdade, o poder é o maior atrativo para a carreira política. Junto com ele vêm os favores, em forma do toma lá, dá cá, os altos salários, os benefícios de uma aposentadoria eterna, imunidades que dificultam as investigações e outros chamativos infindáveis.

Aquilo que deveria ser programa de governo, na verdade são promessas genéricas, muito fáceis de fazer. Nessas, constam o combate à violência, a batalha em busca de investimentos para a saúde e educação, a luta contra a corrupção...

Isso não é programa de governo. É obrigação de todos os eleitos que se dispõe a administrar um estado ou uma nação.

Todo programa de governo não pode ser considerado sério se não trouxer a origem dos recursos que serão consignados para realização de cada item, e terá que constar como será realizado e em quanto tempo.

Se para cumprir uma promessa terá que depender de emendas parlamentares e ajuda de parceiros partidários, tenha certeza de que essas promessas não serão cumpridas. Na verdade, as promessas dos candidatos são tão grandes que não cabem dentro da receita do Estado, por isso são mentirosas.

Para ter o maior tempo no horário eleitoral, o candidato faz pacto com qualquer tipo de líder e partido, depois de se comprometer até a alma durante as convenções. Só aí passa a pensar em como enganar o povo, com as promessas de dias melhores, trazendo para si um verdadeiro lixo histórico.

Após as convenções, saem em busca financiamento de campanha, fazendo acordos com figuras “endinheiradas”, que no futuro estarão cobrando o retorno dos recursos “doados” nas campanhas. Os desejos dos poderosos são muito superiores às pequenas aspirações do povo, que deseja apenas seus direitos básicos: educação, saúde, transporte e segurança.

A massa de trabalhadores está à espera de um administrador que destine os recursos do Estado para quem realmente precisa.

Somente através de uma mudança cultural, inserindo nas grades curriculares um sistema educacional substancial que ensine a importância da política na vida do povo e orientando às criança que votar é praticar a plenitude da cidadania. Somente através da cultura política é que o povo passará a possuir o poder de combater a corrupção.

O povo tem que entender que votar não é uma mera obrigação, ou uma maneira de isentar da ínfima multa do TRE. O eleitor deve ter a consciência de que se não souber votar estará contribuindo para que os maus políticos desviem recursos públicos. Sim, porque é você, que paga os impostos, quem financia o submundo nojento onde vivem os corruptos e corruptores.

Infelizmente a grande massa eleitoral vota com total desinformação, pela falta de cultura política. Por isso fazem escolhas erradas, e optam por determinado candidato de sua proximidade, pensando primeiramente pelo relacionamento em forma de recompensa futura.

Pensam primeiramente na possibilidade de receber um emprego ou ser incluso no sorteio de uma casa popular; ou receber a esmola social de uma Bolsa Família que tira o poder das pessoas lutarem pelo seu próprio sustento. Mas, na verdade, estão desperdiçando a importância do voto para receber algo em troca, e pensam que assim estarão possibilitando uma melhoria futura para sua vida.

Ao votar mal o eleitor está contribuindo para o crescimento de todo tipo de problemas sociais: violência urbana, com assalto em todas as esquinas; aumento da prostituição infantil; aumento das “cracolândias”; péssima educação; sistema de saúde que chega à beira do ridículo; transporte público que mais parece transporte de gado; e corrupção desenfreada, que desvia os recursos das ações sociais.

Ao não saber votar o povo estará dando aval para a criação de uma casta de políticos lobistas que estão a serviço dos grandes negócios ilícitos, pilantras de termo e gravata que, de caneta em punho, especializam-se em causar prejuízo ao erário.

É necessária uma mudança cultural na política, que o povo entenda que a sua arma cívica é o seu voto, e que a única saída é fomentar a democracia participativa, pois não é a política que é suja, mas sim alguns políticos.

Temos que valorizar a política com a participação através do voto, pois o voto é a grande ferramenta do povo para promover as mudanças de vida, e fator preponderante para expurgar os políticos desonestos, que são verdadeiros entraves para o bem estar social.


* WILSON CARLOS FUÁH é economista, especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas. Fale com o Autor: [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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