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Artigos Quarta-feira, 15 de Abril de 2015, 09:56 - A | A

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Quarta-feira, 15 de Abril de 2015, 09h:56 - A | A

Movimentos sociais

Não podemos ficar parados esperando o caos tomar nossa alma. O conjunto das injustiças não são novos, mas a falta de vontade de rever posições, são

JOÃO EDISOM

 

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João Edisom

 

Mais um final de semana com as ruas repletas de brasileiros de todas as contradições reivindicando dias melhores, mesmo que os mesmos sequer saibam como melhorar. Nada melhor que o embate e o debate para fazer as pessoas crescerem em suas convicções. Não há consciência política sem convicções.

 

O grande Stanislaw Ponte Preta já dizia: “A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento”. Nossas mazelas não são naturais, elas são frutos das vontades de alguns em detrimento da grande maioria.

 

Nossas contradições, com ou sem dinheiro no banco, ou mesmo sem conta bancária, são frutos da ausência de uma educação de qualidade para todos e para todas as classes sociais. A escola não ensinou. A família não sabe e os homens públicos pensaram excessivamente em neles mesmos. Afinal, “é sequinho por que vende mais, ou vende mais por que é sequinho?”.

 

Max Nunes já falava: “O Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza - porque a pobreza não aguenta mais ser explorada”. Quando vários brasileiros de todas as classes e credos vão reiteradamente às ruas é porque algo está muito errado. Não reconhecer isso é, no mínimo, ignorar a força daqueles que pagam impostos e sustentam este país.

 

O que não pode é os governantes dizerem que estão preocupados, que farão mudanças e no final do barulho muda “para tudo ficar igual”. Lembrando junho de 2013, na Copa das Confederações, o povo foi às ruas, incomodou o poder, mas o poder não fez e nem o povo, pois reconduziu ao poder quem já estava. Falta de opção? É possível, mas não justifica o marasmo.

Março de 2015: ruas cheias e nada. Abril de 2015: ruas não tão lotadas, cidades que ainda não tinham aderido aos movimentos entraram. Esperança e desesperança. Guerra e cegueira... Tudo se pede, ninguém se entende e nada se faz. Roteiro perfeito para desconstrução dos movimentos que ainda nem nasceram. Onde vamos chegar? Guerrilhas? Separatismo? Violência já temos de todas as ordens.

 

Não podemos ficar parados esperando o caos tomar nossa alma. O conjunto das injustiças não são novos, mas a falta de vontade de rever posições, são. Ariano Suassuna escreveu: “…que é muito difícil você vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos”. Afinal, nem todo mundo está perdendo neste jogo. A pergunta é: quem estão sendo os beneficiados?

 

Que as ruas não parem. Que os governantes ouçam antes que os insanos possam parecerem normais dentre os verdadeiramente necessitados. Onde tudo pode, os explorados continuarão a ser explorados. O carrasco só muda de nome, mas a vítima continua a mesma. Viva as ruas, mas nem todos que estão ali tem boas intenções.

 

*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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