A palavra fanatismo tem origem no latim fanaticus, que define quem se acha inspirado por deuses. Mas é na língua francesa que encontramos o melhor significado: é o estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente, por qualquer coisa ou tema, e tem como característica agressividade, preconceitos, ódio, estreiteza mental e intenso individualismo.
O Brasil nos últimos anos vem assistindo o crescimento dessa doença chamada fanatismo de forma assustadora em vários setores da sociedade. Este comportamento vem fazendo vítimas, gerando tensões, constrangimentos, medos, coagindo, cerceando a liberdade de pensamentos e trazendo, de forma até competente, vários inocentes úteis para reforçar seus exércitos de imbecilidades, veja as redes sociais.
Todo fanático é um sofredor e egoísta que quer que as demais pessoas gostem somente do que ele gosta, que os outros acreditem somente naquilo que eles acreditam e torçam apenas para aquilo que eles torcem. São donos de um mundo particular que não tem espaço para os diferentes e os que não fazem suas vontades são xingados, machucados e assassinados para servir como exemplo as suas próprias autoafirmações. Seja um torcedor de um clube de futebol, um partidário, um ativista, um religioso, um sindicalista desvairado ou um ideológico de plantão querendo condicionar a sociedade aos seus próprios convencimentos. Pois com dizia Martinho Lutero: “A ciência sem fé é loucura. E a fé sem ciência é fanatismo”.
O combustível do fanático é a intolerância. O filósofo, escritor e poeta alemão Friedrich Nietzsche já escrevia que “o fanatismo é a única forma de vontade que pode ser incutida nos fracos e nos tímidos”. E são das fraquezas humanas que estes formam seus exércitos, gente inconsequente que, de alguma forma, foram desassistidas em algum setor da vida e resolvem se auto afirmar pela imposição de sua forma de ser.
O petismo, o antipetismo, o torcedor enlouquecido, o ideológico ensandecido, o religioso intolerante e o ativista provocador que ataca símbolos e crenças. Os extremistas são todos iguais, pois o que querem é que o mundo circule em torno unicamente de suas vontades e crenças. Esta é sua única vontade e, como abutres, sobrevivem do caos; quanto pior melhor.
Setores destas intolerâncias tem feito vitimas todos os dias. Exemplo mais grave tem ocorrido no futebol, com assassinatos de torcedores. Mas na politica e na religião não está muito distante, pois o principio da violência começa com as “verdades inventadas” que não passam de mentiras repetidas a exaustão para que instigue os fracos a agirem de forma inconsequente para fazer valer suas vontades e fantasias.
No fundo, todo fanático é um doente mental, um fraco, mal amado e insatisfeito com a existência da liberdade de expressão e insatisfeitos com a felicidade alheia de tal forma que torna insuportável todas as verdades que não são as suas próprias verdades. Daí a necessidade de criar suas próprias verdades, mesmo que sejam mentiras sobre outras pessoas. E hoje, com a internet, aproveitam para espalhar pelo mundo através nas redes sociais. Afinal, o estúpido não precisa de explicação e o fanático não aceita explicação: mata!
*JOÃO EDISON é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.
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