Terça-feira, 13 de Maio de 2025
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,68
euro R$ 6,31
libra R$ 6,31

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,68
euro R$ 6,31
libra R$ 6,31

Artigos Quinta-feira, 28 de Novembro de 2013, 09:38 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quinta-feira, 28 de Novembro de 2013, 09h:38 - A | A

E o cão se foi...

Concluí que infelizmente o cachorro perdeu para o telefone celular, o que por décadas conseguiu ser: o melhor amigo do homem

EDUARDO PÓVOAS







Mayke Toscano/Hipernotícias

Poucos são as pessoas que não gostam de ter um cachorro em casa. Tanto faz um pit Bull ou um pinscher, o negócio é ter a seu lado o animal que foi, disse eu, que foi, outrora, o melhor amigo do homem.


Nas minhas viagens adoro andar de metrô. Acho que se todas as cidades tivessem esse meio de transporte idêntico ao de são Paulo, poucos arriscariam a pegar seu carro para trabalhar. Bom, barato e muito limpo.

Pois bem, dentro e nas estações desse metrô, por vários dias chamou minha atenção a dependência de homens e mulheres pelo celular. Não para fazer ligações, mas para escutar musica, jogar, navegar na internet, bisbilhotar o WhatsApp, ficar horas e horas no Facebok e outras coisas mais.
Ninguém, absolutamente ninguém anda sem o fone de ouvido no seu.

Jovens de chinelos e bermudas curtíssimas e esfarrapadas, têm invariavelmente no bolso de trás seu aparelho. Pode não ter um centavo no bolso, mas o celular está pronto para receber uma ligação ao toque de um hino de algum time de futebol, de uma musica sertaneja, ou de um lambadão.

Concluí que infelizmente o cachorro perdeu para o telefone celular, o que por décadas conseguiu ser: o melhor amigo do homem.

Claro, ninguém entra com um cachorro no cinema, na igreja, em um jogo de futebol ou em um baile, e com um celular isso pode acontecer. Mas não é por essa facilidade de andar com ele que percebo que o cãozinho perde, dia a dia, seu título de melhor amigo do homem.

Nas rodas de jovens e não jovens, chega a incomodar a falta de educação de alguns que deixam de conversar e prestar atenção na conversa, para estar ligado na internet ou no WathsApp.

Nas visitas a amigos, coloque seu aparelhinho no stand bye, converse, escute, afinal, você foi visitar um ser humano e não um andróide.

Não há mais dialogo como havia antigamente quando todos falavam, escutavam e participavam, a ponto de um restaurante de São Paulo “inventar” uma moda em que os jovens deixam na mesa seus celulares e quem atender a qualquer ligação que nele chegar, paga a conta.

Felizmente sou do tempo do cochicho ao pé do ouvido. Sou da época do Odorico Paraguassú, que apreciava muito mais um “colóquio sigilento” do que digitar na tela de um aparelhinho.

Que tal usarmos as invenções do mundo moderno para o nosso conforto e segurança e ao sairmos para um encontro ou um jantar, voltarmos à “caretice” do passado, ou seja, escutar, falar, participar, abraçar e beijar, como faziam “os velhos” que sempre preferiram o tête-à-tête com a amada?

Que tal voltarmos a ser educados, participativos e atraírmos a atenção dos outros nos bares e restaurantes somente pelo nosso charme e beleza? Topa?


* EDUARDO PÓVOAS é odontólogo cuiabano pós-graduado pela UFRJ.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros