| Divulgação |
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A chegada da Copa do Mundo trará muito desenvolvimento e modernidade para Cuiabá, isso é uma verdade incontestável. A essência da Copa do Mundo é o futebol, por isso é importantíssima a construção de estruturas para esse fim: construir Centros de Treinamentos dignos, com alojamentos confortáveis e equipados que darão a aparência de hotéis para atletas internacionais. A construção da estrutura no Estádio Verdão, equipando-o com dependências modernas e confortáveis, pois será o cartão de visita da Copa, esses projetos são absolutamente próprios e verdadeiros, pois vamos receber atletas de ponta do mundo desenvolvido do futebol.
Agora, chega de sonhos, chega de Propagandas sem Marketing, e vamos trabalhar, porque a Marca Cuiabá é que está em jogo, e foram longos 292 anos desenvolvendo a imagem e a marca de um povo acolhedor, de um povo festivo, alegre e hospitaleiro, e acima de tudo, a imagem de um povo que ama a natureza, e, é por isso que Cuiabá recebeu o nome de Cidade Verde..
E a Cuiabá de chuteiras?
Na verdade Cuiabá ficou “desenchuteirada” do futebol cuiabano, ficou apenas as lembranças daquelas tardes de domingo, em que as famílias reuniam para o almoço, depois os pais levavam os filhos ao Dutrinha. Ao fechar os olhos, ainda podemos ouvir o maior locutor esportivo de todos os tempos, IVO DE ALMEIDA, gritando aos quatro ventos:
- Alô, alô, Areão,Lixeira, Baú, e Terceiro de Dentro, o Dom Bosco chamannnnnnnnnnndo.
- Alô, Alô: Capela do Piçarrão, Engordador e Cristo Rei – Operário chamannnnnnnnnnndo;
- Alô, alô Porto, Despraiado, Goiabeiras e Popular, Mixto chamannnnnnnnnndo.
O estádio ficava totalmente lotado, com torcedores vibrando com aquele futebol romântico. A partir das 15h00minhs os torcedores vinham chegando de todos os bairros, de todos os jeitos e como podiam.
Mas chega de saudade, o futebol de Cuiabá tem que apoiar-se na realização da Copa do Mundo para dar um salto de qualidade e os clubes devem voltar a organiza-se e buscando de uma maneira inteligente implantar definitivamente o regime de profissionalismo, buscando patrocinadores e desenvolvendo planejamento qüinqüenal para o futebol, sem ficar na dependência dos políticos e situações transitórias.
Infelizmente o futebol cuiabano foi apossado, usado, depenado e entregue às mãos de aventureiros e aproveitadores de ocasião. O futebol de Cuiabá, não precisa de amantes, que infelizmente usam-o e depois o jogam fora.
A nossa esperança é que a Copa do Mundo possa despertar e sacudir esse gigante adormecido, chamado Clube Esportivo Dom Bosco!
Porque apesar de tudo, temos o Cuiabá Esporte Clube, o nosso Dourado, que nos honra em engrandece o nome da nossa querida Cuiabá. Temos que aplaudir e adotá-lo com o nosso segundo clube do coração, e futuramente com certeza será a maior força futebol de Mato Grosso. Com dez anos, já conquistou três campeonatos e tendo estrutura de Clube grande, está disputando pela 2ª vez o Campeonato Brasileiro, na série C e agora na série D.
Já o Mixto e o Operário vão aos trancos e barrancos, mas participando dos campeonatos.
Mas, e o Dom Bosco?
Vamos cantar minha gente, quem sabe ele acorda:
Salve, salve o Clube Dom Bosco, salve o time da colina, a vitória está conosco e a torcida esta por cima...
Quem de nós não sente saudade ao ouvirmos este hino.
Vamos lembrar os seus grandes torcedores: Armindo Pipoqueiro; Henrique Palminha, Carlinhos Iéié, e lá no último degrau da arquibancada nós víamos o saudoso Professor João Crisóstemo andando nervosamente de um lado para o outro, suspendendo as calças e penteando os cabelos, torcendo fanaticamente pelo seu Dom Bosco, e não podemos esquecer também do Mexidinha, os torcedores diziam para ele assim: “mexe ai mexidinha, e ele mexia o corpo inteiro”.
Por onde andarão esses torcedores?
Por onde andarão aqueles dirigentes aguerridos como Paulo Borges e outros?
O que fizeram daquela Sede magnífica, onde reunia a nata da sociedade cuiabana?
Tinha belíssima estrutura, tinha status de Clube Grande: Parque Aquático, Quadras de Tênis e Futebol de Salão, Salão de Baile para quinhentos convidados, enfim completa e bem localizada no Bairro Bandeirantes, onde os namorados nos intervalos das músicas ficavam a luz do luar, sentados lá no alto da colina iluminada apreciando aquela vista privilegiada da nossa querida Cuiabá.
Que falta fazem aqueles Presidentes que exerciam seus mandatos com galhardia, e para homenageá-los, lembramos de Sr. Joaquim de Assis, que montou aquele time inesquecível, (só para lembrar os pontos fortes: meio campo- Fidelis e Barga; ataque- Gonçalves, Adilson e Veiga).
O Clube Esportivo Dom Bosco tem que dar uma sacudida com a união dos antigos diretores, tem que unir e dar uma vasculhada nas estruturas, e de imediato reformar do Estatuto do Clube, e promover eleição urgentemente, buscar o que há de melhor no mundo do Marketing com M maiúsculo, o Clube deve usar Marketing como a ciência inovadora do mundo moderno, como a ciência das transformações, como a ciência que aponta e supre as ações em busca de soluções duradouras e perene. Com contratos de três a cinco anos firmados com empresas fortes, e a partir daí desenvolver planejamento qüinqüenal ao Clube. Tem que sair dessa sonolência e eleger um Presidente que tenha uma visão empresarial, que busque equacionar as dívidas e que através do Marketing, encontre novas receitas junto ao mercado, ou possa vislumbrar recursos através de aluguel ou mesmo promover a venda de uma parte do terreno não usado da Sede. Tem que mostrar credibilidade para dar o primeiro passo, e em seguida viabilizar junto ao Governador do Estado a doação de um dos Centros de Treinamento que estão sendo construídos, para que o Clube Esportivo Dom Bosco possa montar a sua fábrica de craques, local que pode ser destinado para formação de jovens jogadores que futuramente será base patrimonial para o Clube e para futura receita com a venda de jogadores para o mercado nacional e internacional.
Os Conselheiros do Clube devem convocar várias reuniões para levantar dados, analisar a situação financeira do Clube, implantar um sistema de informática tanto contábil/financeiro e como também do quadro associativo. Como é que pode um Clube da grandeza do Dom Bosco, ficar assim entregue as moscas, sem atividade social ou esportiva. Entre os sócios/torcedores tem grandes “cabeças”, profissionais liberais e proprietários de grandes empresas privadas, que podem dar credibilidade e ajudar o Clube a enfrentar essa situação de abandono que se encontra hoje o nosso querido Clube Dom Bosco.
A hora é agora, em agosto de 2014 não serve mais, babau, a Copa acabou, o acontecimento ficará para história, porque dificilmente alguém da nossa geração verá outro acontecimento de fama internacional desse nível acontecer novamente por aqui em Cuiabá, e os torcedores e os sócios, não podem deixar passar essa oportunidade, é um momento histórico para acordar esse gigante adormecido, chamado Clube Esportivo Dom Bosco.
(*) WILSON CARLOS FUÁ é economista, especialista em Administração Financeira, Recursos Humanos e Ex- Jogador do Mixto E. Clube. E-mail: [email protected]
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