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O empresário da Construção Civil de Mato Grosso vem ao longo do tempo cumprindo sua missão de empreender participando do desenvolvimento em vários setores da sociedade. Na educação, construindo escolas; na segurança, presídios; na saúde, hospitais; no esporte, ginásios; na habitação, moradias que dignificam famílias, nas quais estão o cerne do fortalecimento dos valores de uma sociedade.
Desta maneira, o empresário da Construção Civil segue com seu espírito empreendedor, deslocando-se aos mais distantes rincões deste nosso Estado, contribuindo com o crescimento, emprego e renda. No governo anterior, o segmento participou do desenvolvimento da construção da infraestrutura do Estado, oferecendo preços quase inexequíveis em contrapartida ao pagamento no prazo, para garantir sua sobrevivência no mercado. Nos valores dos serviços, não se pode deixar de considerar que os tributos estavam e permanecem na ordem de 10%, como também os custos administrativos, em 10%, o custo do capital de giro em 2%, sem falar na depreciação dos equipamentos.
No atual governo, os preços das obras estão promovendo o desequilíbrio total dos contratos. Recebe-se, em média, R$ 900,00 pelo trabalho de um profissional, tal como carpinteiro, pedreiro ou outro, sendo que o empresário paga em torno de R$ 2 mil. Além disso, há de considerar os atrasos de pagamento que vêm comprometendo a saúde financeira das empresas e, consequentemente, o seu crédito. Os bancos que operam com o segmento não mais estão disponibilizando o crédito, haja vista a capacidade de pagamento do Estado.
A Lei de Responsabilidade Fiscal deveria cumprir essa função, permitindo a execução de obras com os recursos já assegurados, porém os órgãos fiscalizadores e os poderes legislativo e judiciário examinam as contas do governo somente no final dos exercícios e o Estado se beneficia de sua condição, não honrando seus pagamentos por saber que não será penalizado e, se acontecer, o próximo governo é que pagará com precatórios que não correspondem à realidade.
O segmento da construção de Mato Grosso poderia estar participando com mais destaque das obras da Copa, no entanto o que vemos é que a maioria delas está sendo executada por empresas de outros estados, que acabam comprando os insumos e equipamentos de fora. Um canal de TV, há alguns dias, criticou as empresas de construção com referência à morosidade das obras da Copa, mão de obra insuficiente, falta de equipamentos e da falta de realização de dois ou três turnos de trabalho. Outro fato que cito é referente à construção do Centro Esportivo de Várzea Grande, uma obra estimada em R$ 25 milhões e que somente uma empresa se habilitou no processo licitatório em razão das dificuldades exigidas no edital e ao final acabou sendo desclassificada.
Com tantos entraves burocráticos como quadro de preços, de pagamentos, de créditos e de qualidade de projetos, dificilmente obteremos um resultado melhor do que temos acompanhado. Parabenizo as construtoras mato-grossenses que ao longo do tempo participam do desenvolvimento do Estado, superando todas as dificuldades expostas.
LUIZ CARLOS RICHTER FERNANDES, empresário e ex-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção de Mato Grosso (Sinduscon-MT)
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