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Artigos Sábado, 26 de Março de 2011, 13:13 - A | A

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Sábado, 26 de Março de 2011, 13h:13 - A | A

ARTIGO

BRT ou VLT?

Enquanto a briga acontece sobre qual modelo, a população está alheia sbre o tema

MARIO MARQUES
[email protected]

São duas siglas, até então desconhecidas da maioria (e bota maioria nisso!) da população cuiabana e que nos últimos dias passaram a ser alvo de uma queda-de-braço entre pessoas e grupos pertencentes à classe política e dirigente de Mato Grosso. Cada qual com seus prós e contras, e no meio disso tudo, sem saber quem está certo ou errado nessa disputa, fica a sociedade. Como sempre, distante de entreveros, a exemplo deste, onde o interesse público e o econômico se cruzam e se confundem ensejando, no mínimo, dúvidas em torno de tanta querela.

Apenas, a população já está consciente de uma coisa: a contenda não é pelo domínio de siglas partidárias, como, geralmente, acontece em brigas envolvendo pessoas do poder político e estatal. No caso e no momento, é por algo bem mais atraente.

Porém, a mesma população – novamente, em sua esmagadora maioria e disto estou certo – desconhece o significado exato das siglas BRT e VLT (apenas tem alguma informação esparsa de que se trata de coisa relativa a transportes coletivos), o motivo que gerou a celeuma, colocando de um lado o deputado José Riva (e aliados) e do outro, os diretores da Agecopa.

Diante dessa disputa toda, por enquanto mais restrita aos acima citados, os que deveriam estar mais diretamente interessados no assunto, ou seja, os usuários e potenciais usuários desses meios de transportes, ficam perdidos e sem saber qual é o melhor para Cuiabá: BRT ou VLT?

Eu também me incluo entre esses que assistem a briga (não de camarote, mas “ralando” em busca do pão de cada dia), até porque, confesso, não sou expert no assunto, mas apenas, eventualmente, usuário de coletivos como meio de locomoção e como tal, resolvi escarafunchar na internet em busca de subsídios sobre o assunto. Eis o que descobri:

“A sigla BRT são as iniciais da nominação inglesa Bus Rapid Transit, que, literalmente, significa: ônibus que circula rapidamente. Numa tradução mais livre e oportuna, o BRT é um sistema urbano de ônibus espaçosos, bi ou triarticulados, que trafegam em corredores exclusivos e interligados. Trata-se, de fato, de uma moderna modalidade de transporte de massa, em operação em mais de 120 grandes cidades do planeta com resultados mais que satisfatórios e aprovação da população usuária. São veículos de grande capacidade, com 160 a 270 lugares, portas duplas e largas à esquerda e direita. O BRT circula em canaletas e faz paradas em estações com piso elevado, garantindo e facilitando o acesso a todos – inclusive cadeirantes, idosos e crianças.

É o sistema em operação na cidade de Curitiba, tida como uma das mais modernas e bem resolvidas do País. Já funciona em Londres, em oito grandes cidades da China e foi implantado mais recentemente na África do Sul, em função da Copa do Mundo de futebol”.

Por outro lado, e a bem da verdade, com relação ao VLT, defendido pelo deputado José Riva, há pouca referência mais consistente na rede. Apenas que é a sigla para Veículo Leve sobre Trilhos, um trem menor que os ferroviários comuns e, conforme o próprio nome diz, mais leve que os tradicionais das ferrovias, e que também utiliza vias exclusivas com trilhos.

Das duas, uma: ou o lobbie do VLT é apenas forte em Mato Grosso, por conta da própria força política de Riva, ou então seus fabricantes e revendedores não foram competentes o suficiente para subsidiar as milhares de páginas do Google de informações capazes de competir com as disseminadas pelo BRT.

Mas, antes que me deixar levar por quaisquer lobbies, inclusive os por ventura plantados na internet, prefiro acreditar no que disse sobre essa questão o arquiteto, urbanista e professor universitário José Antonio Lemos dos Santos, em artigo publicado neste mesmo espaço, na edição de sexta-feira do Diário de Cuiabá, e onde ele se posiciona a favor do BRT como sistema que considera o mais eficiente para o transporte coletivo da Capital mato-grossense. Cidade onde nasceu Antonio Lemos e com a qual mantém forte vínculo sentimental e de trabalho técnico e de planejamento prestado ao longo de três décadas.

Ao menos para mim, com relação ao imbróglio BRT versus VLT, foi importante saber a opinião de Antonio Lemos, cidadão respeitado entre os profissionais da área em que atua e no meio acadêmico.

Quando a sociedade como um todo fica confundida sem entender a complexidade dessa discussão, é importante saber o que pensa alguém de fora desse contexto das instituições governamentais.


(*) MARIO MARQUES DE ALMEIDA é jornalista. E-mail: [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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