O humorista Leo Lins foi condenado a 8 anos de prisão por “piadas” ofensivas contra negros, judeus, indígenas, LGBTs, gordos, nordestinos… Até vítimas de abuso e pedofilia entraram no “cardápio”.
Mas o que isso escancarou é MUITO maior que o caso em si.
De um lado a direita grita “liberdade de expressão!”. Condenam o politicamente correto, acusam censura, lembram dos criminosos soltos.
Do outro lado, a esquerda defende a condenação como justa e necessária. Argumentam que piada também é arma e que os crimes de ódio se disfarçam de comédia.
Mas o diabo mora nos detalhes (como sempre). Ambos os lados foram acusados de… hipocrisia.
A mesma direita que defende o Léo Lins, também vive pedindo a censura a artistas LGBTs e espetáculos que questionam religiões cristãs.
Já a esquerda que condena o humorista por apologia a crimes, chora pelo MC Poze do Rodo (que exalta armas, drogas e facções).
E o que isso tem a ver com eleição? O debate sobre o Leo Lins não é diferente do debate eleitoral.
O eleitor brasileiro não busca coerência. Ele quer confirmação. Não importa se é piada ou projeto de lei.
A única pergunta é: “Isso reforça ou ameaça aquilo que eu já acredito?”
Se você quiser votos em 2026, entenda isso: não basta comunicar fatos. Você precisa comunicar fé.
Defender causas. Erguer bandeiras. Dizer o que o seu eleitor pensa, mas não sabe como expressar.
Ganha eleição quem é coerente com as emoções do público — não com a lógica.
A maioria dos políticos perde porque tenta explicar, quando deveria conectar.
Fato sem emoção = ruído.
Narrativa com posicionamento = voto.
Comunicação eleitoral não é sobre convencer. É sobre pertencer. Se sua mensagem não ativa crenças, ela vai ser esquecida, assim como uma piada ruim.
(*) LUCAS RODRIGUES é estrategista de comunicação.
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