Sem querer, um economista italiano acabou fazendo com que a decolagem de um voo fosse suspensa depois que outra passageira na mesma aeronave o viu trabalhando em uma equação matemática e preocupada, alertou a tripulação.
Guido Menzio foi retirado do avião e interrogado por agentes que não se identificaram, depois da mulher ao seu lado dizer que sentia-se mal.
Ele mostrou a eles a equação diferencial que estava escrevendo, e o voo acabou decolando, com mais de duas horas de atraso.
Menzio disse ao jornal The Washington Post que o pilotou demonstrou ter ficado envergonhado por toda a situação.
Ele é professor da Universidade da Pensilvânia e embarcou no voo na útima quinta-feira para ir de Syracuse, no Estado da Filadélfia, para Ontario, no Canadá, onde daria uma palestra.
Antes do voo decolar, uma mulher sentada ao seu lado entregou um bilhete a um membro da tripulação. A princípio, ela disse que estava se sentido mal, mas depois disse suspeitar do que Manzio estava escrevendo.
"É um tanto ou quanto engraçado, porém um pouco preocupante", disse Menzio. "A mulher olhou para mim, me viu escrevendo uma fórmula misteriosa e concluiu que eu tinha más intenções. Por causa disso, um voo inteiro atrasou."
Ele disse à agência AP que a tripulação deveria ter feito checagens adicionais antes de decidir por suspender a decolagem. "Se decidirmos não investigar um pouco mais um alerta de 'atividade suspeita' iremos criar muitos problemas, especialmente se considerarmos que estão surgindo cada vez mais atitudes xenófobas."
A American Airline, cuja parceira regional, a Air Wisconsin, estava operando o voo em questão, disse que a tripulação obedeceu as normas protocolares ao cuidar de um passageiro doente e, então, investigar suas alegações. Foi concluído que elas não tinham fundamento.
A mulher foi transferida para um voo que decolaria mais tarde naquela mesma noite.