A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) vai investir R$ 2,5 milhões em experimentos com o cultivo de cacau nos três biomas de Mato Grosso — Amazônia, Cerrado e Pantanal. A iniciativa busca inserir o estado na rota internacional da produção da cultura.
Os recursos são da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat), e os testes devem começar em 2026. Os ensaios serão conduzidos em áreas de Juína, Sinop, Tangará da Serra e Cáceres, além de cidades das regiões do Araguaia e Baixada Cuiabana, que ainda serão definidas.
De acordo com o diretor-presidente da Empaer, Suelme Fernandes, o projeto é estratégico para diversificar e fortalecer a agricultura familiar, com potencial de transformar áreas degradadas em sistemas produtivos e gerar novas oportunidades de renda.
O pesquisador da Empaer, Fabrício Tomaz, explicou que os experimentos devem fornecer recomendações técnicas específicas para elevar a produtividade e a qualidade das amêndoas, fator essencial para a indústria de chocolates finos e derivados. Ele destacou que o cultivo a pleno sol ou consorciado com banana e limão pode aumentar a produtividade e o potencial de exportação.
O cenário internacional também favorece a iniciativa. A quebra de safra na África Ocidental, responsável por mais de 70% da produção mundial, elevou os preços internacionais em mais de 150% em 2024, criando uma oportunidade para o Brasil ampliar sua participação no mercado global, com Mato Grosso como nova fronteira da cacauicultura nacional.
Os estudos vão auxiliar na validação experimental e na transferência de tecnologias aos agricultores familiares. Segundo especialistas, práticas como o uso de clones adaptados, manejo adequado, irrigação eficiente, controle de pragas e adoção de sistemas agroflorestais (SAFs) são fundamentais para ampliar a produção sustentável no estado.
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