A instalação, com vista panorâmica para as pirâmides de Gizé e dedicado aos faraós - 30 dinastias ao longo de 5 mil anos - teve custo de mais de US 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões).
As autoridades esperam receber cinco milhões de visitantes por ano neste edifício contemporâneo, que abriga cerca de 100 mil peças da antiguidade egípcia, incluindo algumas nunca expostas.
Entre as principais atrações, destacam-se as 5 mil peças do tesouro de Tutancâmon, que pela primeira vez estarão reunidas em um único local desde que o arqueólogo britânico Howard Carter o descobriu em 1922 em uma tumba no Vale dos Reis, no Alto Egito.
O museu foi parcialmente aberto ao público há um ano, e por suas dimensões e estrutura triangular recebeu o apelido de "quarta pirâmide". Seu design foi elaborado pelo estúdio irlandês de arquitetos Heneghan Peng, com 24 mil m2 de espaço de exposição permanente.
A partir da abertura pública, os visitantes poderão descobrir 4,5 ml objetos funerários dos 5 mil até então dispersos em diferentes instituições do país.
O museu se abre para uma estátua de granito de 11 metros de Ramsés, o Grande. Ele foi um dos faraós mais poderosos do Egito Antigo, que reinou por cerca de 60 anos, e é apontado como o responsável por expandir o alcance do Egito Antigo até a Síria moderna a leste e o Sudão moderno ao sul. A estátua recebe os visitantes assim que eles entram no átrio angular do museu.
Do átrio, uma grande escadaria de seis andares ladeada por estátuas antigas leva às galerias principais e a uma vista das pirâmides. Uma ponte liga o museu às pirâmides, permitindo que os turistas se desloquem entre eles a pé ou por meio de veículos elétricos, segundo funcionários do museu.
País aposta em inauguração como grande evento político
Diante da relevância política da inauguração, o presidente Abdel Fatah Al-Sisi liderou na semana passada uma reunião de alto nível para analisar o progresso dos preparativos, segundo um comunicado oficial.
Neste encontro, o chefe de Estado insistiu na "necessidade de coordenação reforçada para garantir uma cerimônia de abertura à altura do prestígio do Egito e de seu papel como berço da civilização mundial", afirmou a nota.
Após vários adiamentos devido à Primavera Árabe (2011) e, posteriormente, à pandemia de covid-19 (iniciada em 2020), foi fixada a data de 3 de julho para a abertura. Mas, de última hora, em meio às tensões no Oriente Médio e para dar ao evento "a amplitude mundial que merece", as autoridades preferiram adiar novamente a data.
Para alcançar um público mais amplo, o grupo United Media Services (UMS), gigante egípcio da comunicação responsável pelo evento, afirmou ter assinado um acordo com o TikTok para dar maior visibilidade ao panorama cultural do país.
Após anos marcados pela instabilidade política, vários atentados e a pandemia, o setor turístico, fundamental para a economia egípcia, está se recuperando.
O país recebeu 15 milhões de visitantes estrangeiros nos primeiros nove meses do ano, alta de 21% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
As autoridades esperam um total de 17,8 milhões de turistas em 2025 e 18,6 milhões em 2026.
*Com agências internacionais AFP e AP
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.





