No último debate de televisão antes das eleições de domingo, os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos - Procurador Mauro (Psol), Emanuel Pinheiro (PMDB) e Wilson Santos (PSDB) - procuraram apresentar suas propostas aos eleitores indecisos. Wilson e Emanuel se evitaram e concentraram suas perguntas para o candidato do Psol.
Wilson chegou a questionar o fato do procurador Mauro se licenciar com remuneração do serviço público para disputar as eleições desde 2006. "O senhor já se licenciou quase dois anos do seu serviço com remuneração que somada chega a meio milhão de reais, só para disputar as eleições. Isso é Moral", perguntou o tucano, lembrando que está licenciado da Assembleia Legislativa sem receber o salário e benefícios de deputado estadual.
"Para eu poder disputar as eleições, preciso me licenciar. A legislação diz isso. Eu não posso abrir mão do meu salário porque é dele que vivo e me sustento, sou servidor público. Agora eu não sei como o senhor vive e nem de onde vem a sua remuneração total", retrucou o procurador.
Wilson disse que nos últimos 10 anos o procurador disputou seis eleições e tirou quase dois de licença. Neste período, o candidato recebeu R$ 460 mil.
Nas considerações finais, Wilson se referiu ao candidato como "vendedor de terreno na lua". "Existem candidatos que representam o ex-governador Silval Barbosa e aqueles que vendem terrenos na lua eleitor".
O procurador Mauro solicitou direito de resposta, que não foi acatado pela TV Centro América.
Já Emanuel Pinheiro (PMDB) direcionou suas perguntas ao candidato do Psol para confrontar as propostas, evitando ataques pessoais.
O candidato que mais recebeu perguntas, procurador Mauro, preferiu evitar o confronto com os candidatos do PSDB e PMDB, sempre se colocando como o novo nestas eleições.
Julier Sebastião (PDT) manteve a sua estratégia das últimas semanas afirmando que Wilson Santos e Emanuel Pinheiro tem "laços políticos" desde 2005, quando Pinheiro foi secretário de Transporte do tucano na prefeitura de Cuiabá. "Os dois estão juntos desde 2005 e ainda tem o PTB envolvido nessa história", disse.
Já Serys Slhessarenko (PRB) partiu para cima do candidato Emanuel Pinheiro durante todo o debate. De inicio, ela lembrou dos escândalos de corrupção durante a copa e
lembrou que Emanuel era da comissão de fiscalização das obra na Assembleia Legislativa. "Você não enxergou o que estava debaixo de suas sobrancelhas?”, perguntou.
Emanuel evitou responder e disse que manteria o debate propositivo em respeito aos eleitores. Em outro momento, a candidata questionou o fato do valor das dívidas de campanha de Emanuel serem maiores do que sua arrecadação.
O peemedebista respondeu dizendo que Serys é rancorosa. "Administrarei Cuiabá sem esse rancor da senhora no coração, que parece estar mais preocupada com a vida pessoal das pessoas do que com propostas de campanha. Até agora usou suas perguntas apenas para atacar", disse.
A emissora decidiu não convidar o candidato Renato Santtana (Rede) devido o seu partido não ter a representatividade mínima exigida na Câmara Federal e pelo fato de postalante não ter alcançado 5% das intenções de voto de pesquisas do Ibope.
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