O governador Pedro Taques (PSDB) comunicou ao procurador-Geral de Justiça, Paulo Padro, que o governo não conseguirá pagar os R$ 278,5 milhões referentes aos atrasos do duodécimo aos Poderes - Tribunal de Justiça (TJMT) e Assembleia Legislativa - e aos órgãos auxiliares, Ministério Público Estadual (MPE) e Tribunal de Contas (TCEMT).
O pagamento estava previsto para ocorrer no dia 30 de novembro, conforme acordo assinado em setembro passado.
"Não temos perspectiva nenhuma de repassar esses valores porque nós não os temos. Estou sendo sincero e as contas estão abertas do Estado", reforçou o governador.
Segundo o chefe do Executivo, o governo vai ingressar com o pedido de repactuação dos valores. "Se o Ministério Público e os outros poderes não entenderem, o que é legitimimamente, aí a legislação e resoluções permitem entrar com uma ação civil pública para estabelecer a execução do TAC. É um direito e a lei não ofende quem quer que seja", disse Pedro Taques, durante a apresentação das contas públicas aos promotores, procuradores de Justiça do MPE.
O acordo, celebrado por meio de TAC, estabeleceu um cronograma para os pagamentos de 50% dos repasses atrasados referentes aos meses de julho e agosto até o dia 30 de novembro.
Já o restante deve ser divido em seis parcelas iguais que devem ser quitadas de janeiro a junho de 2017.
O governador também explicou que o anúncio na mudança da data do repasse do duodécimo para o dia 5 de cada mês é mais uma medida por conta da atual crise financeira.
No entanto, Taques disse que tentará antecipar o repasse aos poderes em dezembro.
"Estamos analisando por partes o fluxo de caixa, em dezembro vamos tentar antecipar esse repasse por conta do Natal, mas isso só saberemos em dezembro", disse.
A medida preocupa os chefes dos poderes que já comunicaram que só pagarão os salários dos servidores após o recebimento do duodécimo.
Já o governo Taques anunciou na semana passada que o pagamento dos salários será todo dia 10 até junho de 2017.
Após a reunião, Paulo Prado disse que a situação preocupa, mas que qualquer decisão será tomada em conjunto com os demais poderes.
"Eu não tenho como falar, sem antes ouvir os demais. Nós vamos nos reunir, analisar a situação e tomar uma decisão conjunta porque situação preocupa", disse rapidamente.
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