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Política Sexta-feira, 05 de Junho de 2020, 15:00 - A | A

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Sexta-feira, 05 de Junho de 2020, 15h:00 - A | A

EFEITO PANDEMIA

“Não sou inimigo do Pinheiro, sou amigo da boa gestão”, alfineta Mendes

WELLYNGTON SOUZA

O governador Mauro Mendes (DEM) declarou nesta sexta-feira (5) que ‘não é inimigo do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), mas que é amigo de uma boa gestão’. Nos últimos dias, durante a pandemia de Covid-19, o coronavírus, os gestores vem trocando uma série de acusações. 

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“Eu não sou inimigo do prefeito, mas eu sou amigo da boa gestão, das pessoas sérias, das pessoas honestas, de quem fala a verdade. Se alguém agir sem estar ao lado da verdade, da seriedade, da correta aplicação do dinheiro público esse cara não será mais meu amigo”, disse em entrevista à Rádio Nativa FM.

Uma das principais críticas de Mendes é que a Prefeitura de Cuiabá não abriu nenhum novo leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) exclusivo para pacientes com o coronavírus, mesmo recebendo R$ 39 milhões do governo federal para enfrentamento da pandemia.

Além disso, o chefe do Estado ainda acusa o gestor municipal de ‘espalhar mentiras’ que, segundo ele, poderão custar a vida dos mato-grossenses.

“Eu não tenho problema nenhum com o prefeito Emanuel Pinheiro. O que me irrita profundamente são mentiras sendo contadas por aí e com essas mentiras vão levar a morte de algumas pessoas. O prefeito quando não abre nenhuma UTI está sendo negligente. Quando ele mente que fez,  porque até agora não fez, pode ser semana que vem, daqui dez dias, quinze dias ele tenha feito, mas até lá pode ter morrido muita gente”, pontuou Mendes. 

Medidas precipitadas

O governador ainda criticou o fato da prefeitura decretar pelo retorno gradativo das atividades comerciais em um momento em que os casos confirmados de Covid-19 aumentam cada vez mais em Cuiabá. Nesta sexta-feira, a prefeitura registrou mais uma morte em decorrência da doença, com isso a Capital já tem 14 óbitos. 

"O que aconteceu aqui em Cuiabá, em algumas cidades do estado e até mesmo do país é que alguns caras [gestores] se anteciparam, ficaram nervosos no começo. Aqui em Cuiabá por exemplo tínhamos um caso confirmado dia 23 de março, dois dias depois o prefeito mandou fechar o comércio, mandou para tudo. E agora com mil casos ele manda abrir tudo? Qual a lógica disso? Lá atrás ele se precipitou, mandou parar na hora errada. Eu não sou contrário à paralisação, mas tem que acontecer no momento certo", destacou. 

Mendes alerta que essa abertura do comércio pode causar a morte de algumas pessoas. "O comércio agiu corretamente e pressionou para abrir porque as pessoas querem trabalhar e aí ficou com paralisação muito inicial, quando o certo era mandar parar agora. Isso vai causar transtorno, vai causar confusão, vai morrer gente por decisões erradas que foram tomadas", criticou.

Prefeitura rebate 

A prefeitura, por meio de nota, informou que, para que Cuiabá continuasse dando conta de atender pacientes acidentados, infartados, com quadro de AVCs e demais situações, na sua maioria pacientes do interior que recorrem a capital para atendimento, no dia 27 de maio o secretário de Saúde Luiz Antônio Pôssas encaminhou documento ao Ministério Público Federal comunicando a modificação no plano: os 60 leitos de UTI habilitados no HMC foram remanejados para 40 leitos no São Benedito e 10 leitos no antigo PS (hoje, Hospital de Referência).

"Este esclarecimento tem o objetivo de tranquilizar a população sobre a estrutura que a prefeitura preparou em Cuiabá para atender os pacientes de coronavírus. Não há motivo para pânico, a prefeitura não fechou nenhum leito de combate à covid, apenas garantimos leitos para as demais doenças que o povo necessita", diz trecho da nota.

Confira nota na íntegra: 

“Sobre os leitos de Covid -19 em Cuiabá, a Prefeitura ressalta que:

O plano de mitigação de Cuiabá inicialmente habilitou 55 leitos de UTI no Hospital Referência (antigo pronto-socorro), 30 leitos no São Benedito e 60 leitos no HMC.

Diante da situação de certo controle da pandemia em Cuiabá e com o aumento das demandas na saúde pública da capital para as demais comorbidades, causada pela diminuição de atendimentos clínicos na Santa Casa, Metropolitano e Hospitais Regionais, a prefeitura precisou alterar o plano.

Para que Cuiabá continuasse dando conta de atender pacientes acidentados, infartados, com quadro de AVCs e demais situações, na sua maioria pacientes do interior que recorrem a capital para atendimento, no dia 27/05 o Secretário de Saúde Luiz Antônio Possas de Carvalho encaminhou documento ao Ministério Público Federal comunicando a modificação no plano: os 60 leitos de UTI habilitados no HMC foram remanejados para 40 leitos no São Benedito e 10 leitos no antigo PS (hoje, Hospital de Referência).

Esse remanejamento foi necessário para garantir a segurança dos pacientes internados no HMC, por se tratar do maior hospital do estado, a prefeitura decidiu não encaminhar pacientes de covid ao HMC, para não misturar pacientes das demais doenças com pacientes de covid-19, evitando assim um cenário muito pior da pandemia.

O recurso recebido do Governo Federal para custeio de leitos que não foram utilizados estão em conta e não foram gastos, prezando pela transparência e lisura dos gastos nos recursos públicos, conforme prova documento encaminhado pelo secretário de saúde de Cuiabá.

Somando ao Hospital Referência (antigo PS) e o São Benedito o plano de mitigação de Cuiabá coloca à disposição 105 leitos de UTI exclusivos para combate à covid-19, não interferindo no atendimento das demais necessidades; ou seja, mantendo 90 leitos de UTI para todas as outras doenças. Importante esclarecer que esses 105 leitos de UTI não existiam no SUS de Cuiabá antes da pandemia.

Os ajustes no plano foram possíveis diante do atual cenário de baixa ocupação de leitos da covid-19, resultado das medidas preventivas de isolamento social implementadas pela Prefeitura de Cuiabá, que colocou a capital em destaque nacional com um dos melhores desempenhos no combate à pandemia até o momento.

É importante esclarecer que além do coronavírus, os pacientes continuam buscando o SUS para as demais doenças e Cuiabá segue carregando a saúde pública do estado nas costas e recebendo todos que buscam atendimento.

Este esclarecimento tem o objetivo de tranquilizar a população sobre a estrutura que a prefeitura preparou em Cuiabá para atender os pacientes de coronavírus. Não há motivo para pânico, a prefeitura não fechou nenhum leito de combate à covid, apenas garantimos leitos para as demais doenças que o povo necessita”.

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