Um dos principais defensores dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE), o Deputado Federal Valtenir Pereira (MDB), comemorou a aprovação da Medida Provisória (MP) 827, que valoriza a atuação dos ACS e ACE. A votação aconteceu no plenário da Câmara dos Deputados, na madrugada desta quarta-feira (11).
No início da Sessão, o deputado Valtenir participou da articulação para que a Medida Provisória fosse lida em Plenário e pautada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
“Quero pedir para o presidente Rodrigo Maia a leitura da MP 827. Estou extremamente preocupado, porque se não lermos hoje esta medida provisória aqui no plenário, nós ficaremos impossibilitados de votá-la, e precisamos votar. A Medida Provisória tem prazo, entraremos em recesso e voltaremos em agosto e depois temos o período eleitoral”, disse Valtenir.
O parlamentar ainda usou a tribuna para esclarecer como funcionará o repasse para o pagamento da categoria. “Estes valores quem irá bancar é o Governo Federal, então é uma grande mentira da Confederação Nacional dos Municípios que alega que os valores ficarão para as prefeituras. Ao invés dela prestar um serviço que presta para o município, ela está prestando é um desserviço, porque está usando a mentira para atrapalhar a vida dos prefeitos do Brasil”, completou.
A proposta prevê aumento do piso salarial da categoria em 52,86% ao longo de três anos, sem custo para o município. Agora a matéria segue para apreciação do Senado. De acordo com o texto, o piso atual de R$ 1.014,00 passará a ser de R$ 1.250,00 em Jan/2019 (23,27%); de R$ 1.400,00 em Jan/2020 (12%); e de R$ 1.550,00 em Jan/2021 (10,71%).
A proposta estabelece uma jornada de trabalho de 40 horas. E, a cada dois anos, os agentes de saúde frequentarão cursos de aperfeiçoamento que serão organizados e financiados, de modo tripartite, pela União, estados e Distrito Federal e municípios. Já o transporte dos agentes até os locais de atuação será financiado pelo ente ao qual o profissional estiver vinculado.
O governo afirma que a MP 827 é fruto de uma negociação com os agentes comunitários de saúde após os vetos presidenciais à Lei 13.595/18, que alterou diversos pontos da legislação da categoria (Lei 11.350/06). Os vetos foram feitos, segundo o Executivo, para preservar a autonomia de estados e municípios sobre o trabalho dos agentes comunitários e agentes de endemias.
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