O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), afirmou que o Brasil está “pagando caro” por ter “vacilado” no combate às facções criminosas e defendeu a retomada do controle do Estado sobre áreas dominadas pelo crime organizado.
Durante entrevista à Jovem Pan News, Mendes elogiou as ações do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, após a recente megaoperação policial que resultou em 121 mortes — sendo quatro policiais — e classificou a resposta do governo fluminense como “forte e correta”. As declarações foram publicadas na última sexta-feira (31).
Um dia antes (30), em entrevista coletiva a imprensa regional, o governador já havia elevado o tom no debate sobre segurança pública, defendendo a "mão forte do Estado" no combate implacável às facções criminosas no Brasil, afirmando: “criminosos que enfrentarem a polícia vão se ferrar".
“COCHILAMOS”
“No Brasil nós perdemos muito tempo, ficamos adormecidos, todos observando o crescimento das facções criminosas em todo o país. Elas se organizaram e estão presentes em diferentes estados, com diferentes nomes e tamanhos. Isso virou um câncer que está destruindo a nossa sociedade”, afirmou o governador.
Segundo Mendes, mais de 70% dos homicídios no país estão ligados a facções criminosas, o que demonstra a dimensão do problema de segurança pública. “O Brasil vive uma guerra aparentemente silenciosa. As facções se infiltraram em diversos setores da sociedade, inclusive na economia cinza. Nós cochilamos e o Estado está pagando caro por isso”, reforçou.
Para Mendes, o principal desafio é enfrentar a sensação de impunidade e reformar a legislação penal, considerada ultrapassada. “Esses bandidos perderam o medo da pena, perderam o medo de ser presos, perderam o medo da Justiça. Estão vivendo em um Estado paralelo. Precisamos mudar radicalmente as leis para que o Estado volte a impor respeito.”
O governador destacou ainda que o Código Penal Brasileiro, de 1940, não reflete mais a gravidade dos crimes atuais. “Não adianta prender bandido se ele é solto no dia seguinte. Isso destrói a credibilidade da Justiça. A impunidade contamina tudo: o criminoso, o cidadão comum e a confiança da sociedade”, disse Mendes.
RETOMADA DE CONTROLE
Mendes citou El Salvador como exemplo de país que conseguiu enfrentar o crime organizado com firmeza e legislação moderna. Como em outras oportunidades defendeu a mudança nas leis, como saída para retomada do controle da Justiça e da segurança pública.
“É possível retomar o controle no Brasil, mas dentro do Estado democrático de direito. Precisamos de leis mais duras e inteligentes, que devolvam ao Estado o controle da segurança pública.”
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