O deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que vem se colocando contra a articulação feita pela Federação Brasil da Esperança (PT, PV, PcdoB) para formação da chapa à majoritária, admitiu que não irá se opor ao representante que for escolhido, desde que a decisão seja tomada de forma democrática. Contudo, avaliou, nesta quarta-feira (3), que o protagonismo no processo deveria ser do PT, e não do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), do pré-candidato a senador, Neri Geller (PP), e do senador licenciado Carlos Fávaro (PSD): "isso não faz sentido".
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“Nós temos nome. Hoje, a leitura é de que a federação está patinando para poder fazer essa definição. Está buscando nomes fora da federação, está deixando que lideranças políticas que não são da federação conduzam o processo de articulação. Quadros políticos que não são da federação conduzirem as articulações em nome da federação. Na minha opinião, não tem sentido isso. Isso é muito negativo”, avaliou.
“É ruim, porque confunde a população. Há um eleitorado em Mato Grosso identificado com a defesa da pauta progressista de esquerda. Eu tiver 34% dos votos para governador em 2014, Fernando Haddad teve 35% para presidente em 2018, em cenários muito desfavoráveis. Agora, em 2022, com Lula favorito nas eleições, nós não nos abraçarmos a esse potencial, na minha opinião, é um erro”, completou.
Lúdio vem defendendo o professor Domingos ao governo, porque sua pré-candidatura foi aprovada em encontro de tática do Partido dos Trabalhadores. No entanto, Domingos sequer foi visto nas últimas reuniões da Federação.
“Nós temos, no PT, a candidatura do professor Domingos, aprovada pelo encontro estadual. A executiva, é lógico, tem poder para rever essa decisão. É a defesa que eu farei até a convenção. Candidatura competitiva se constrói na campanha. A campanha é que define se uma candidatura será ou não competitiva. Eu não sou da executiva da Federação. Sou da executiva do PT, lá eu defendo em todas as oportunidades o nome do Domingos e é dever da direção do PT levar esse nome para federação”, lembrou.
Questionado, entretanto, se porventura qual seria seu posicionamento se a Federação aprovar o nome ou da primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro ou de Fávaro, Lúdio resumiu destacando que o ideal seria um nome que representasse pautas defendidas pelo grupo, mas que acataria a decisão que será tomada na convenção partidária da Brasil da Esperança, que será realizada na sexta-feira (5).
“Nós temos que encontrar dentro da federação quadros qualificados que possam nos representar nessa disputa. Seja qual for a decisão que for tomada, terá sido uma decisão democrática, respeitandando as regras. Sou minoria, mas mesmo discordando, irei respeitar e acatar. É meu dever apoiar os nomes que forem aprovados na convenção”, finalizou.
BARRANCO RESPONDE LÚDIO
O presidente do diretório estadual do PT, deputado estadual Valdir Barranco, minimizou o impacto das declarações do seu correligionário. Barranco diz que Lúdio Cabral é uma voz isolada no partido, que representa uma minoria. Isso porque, conforme o parlamentar, a maioria do PT está convencida de que é necessário formar alianças no Estado priorizando a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
"É uma posição isolada. O PT em Mato Grosso está satisfeito com a condução. Sem coerência e sem vaidades, levando sempre em conta a eleição do Lula", declarou Barranco.
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