O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) defende que a concessão feita no passado, no governo de Jair Bolsonaro (PL), para terceirizar a gestão do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães seja cancelada. “Eu defendo, inclusive, que essa concessão seja cancelada. O Ministério do Meio Ambiente precisa avaliar as questões legais. Entendo que, fortalecendo o ICMBio, a própria gestão dos atrativos pode ser feita por eles”, disse, nesta quarta-feira (29), em entrevista à imprensa na Assembleia Legislativa.
O parlamentar revelou ainda que se reuniu com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e que fez exatamente essa defesa, sobre o fortalecimento do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. O secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho (União), disse que Padilha estaria "sensível" ao pedido do governador Mauro Mendes (União).
“Eu também estive com o ministro Alexandre Padilha. O que nós defendemos, é que se fortaleça a gestão pública federal, através do ICMBio, no Parque Nacional. Não há necessidade de estadualização, ao contrário, o governador precisa se resolver, se ele quer de fato cuidar das unidades de conservação do Estado ou não”, disse Lúdio.
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O parlamentar entende que, já que a proposta de Mendes é investir R$ 200 milhões no Parque de Chapada, o caminho natural seria utilizar esse montante para melhorias e investimentos nos parques estaduais. Lúdio citou o Mirante de Chapada dos Guimarães, que está há anos fechado para visitação.
“Se ele tem R$ 200 milhões para aplicar no Parque de Chapada, ele pode usar esse recurso para melhorar todas as unidades de conservação que nós temos em Mato Grosso. Inclusive, o Mirante da Chapada é um monumento natural e é uma unidade de conservação estadual que está abandonada. Por que o governador não aloca recursos para qualificar o Mirante da Chapada, que é o ponto turístico mais representativo e mais visitado em Chapada, que é uma unidade de conservação estadual?”, questionou.
Lúdio lembrou ainda que o ministro Alexandre Padilha é responsável pela articulação política de todo o governo federal, mas que a decisão sobre o parque é do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, sob a gestão de Marina Silva, que manifestou não ver necessidade na mudança para gestão estadual.
“A definição sobre as unidades de conservação são do Ministério do Meio Ambiente. O processo de concessão que foi realizado pelo ICMbio é para a gestão de atrativos, A gestão do parque, inclusive a ambiental, continua sob a responsabilidade o ICMbio”, pontuou.
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