Uma manobra do governo do Estado junto a sua base aliada na Assembleia Legislativa está barrando a votação dos relatórios finais das CPIs das PCHs e do MT Saúde, no parlamento.
O motivo seria o temor do governador Silval Barbosa (PMDB) em abrir brecha para que sejam propostas e aprovadas outras CPIs que renderiam muita dor de cabeça ao Executivo, como a CPI da Trimec, sugerida pelo deputado Dilmar Dal'Bosco (DEM) e a do Fethab, sugerida pelo suplente de deputado Márcio Pandolfo (PDT).
A leitura de que tem havido a articulação governista é dos deputados Dal Bosco e Antonio Azambuja (PP), para quem os relatórios já deveriam ter sido votados, já que os trabalhos das respectivas Comissões foram encerrados há meses.
“A preocupação do governo e de quem é governista é de que entre outra CPI, mas antes tem que votar os relatórios que estão lá, porque se não, como é que vamos tentar criar uma outra CPI, se não tem onde colocá-la?”, indagou Dilmar, autor do requerimento para instação da CPI da Trimec.
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Para o progressista Antonio Azambuja, um dos que assinaram a todas as propostas de CPI que estão na fila de espera, não há outra conclusão sobre o que realmente está ocorrendo, ou seja, “o governo sabe que se votar os relatórios, a próxima CPI a ser apresentada vai ser a Trimec que já deverá ter as assinaturas necessárias”.
A CPI da Trimec quer investigar os contratos do governo com as empreiteiras que ganharam licitações em obras executadas no governo Silval. A Trimec, de propriedade do empresário Wanderlei Torres estaria, conforme denúncias anônimas entregues aos deputados da Assembleia, sendo “contemplada” devido a supostas regalias e irregularidades licitatórias na atual gestão, em detrimento de empreiteiras menores.
“Eu conheço empreiteiro que está quebrando, porque o governo não paga”, disse Dilmar Dal´Bosco, que também tem negócios nesse ramo.
Já a CPI do Fethab, objetiva levantar o destino dos recursos milionários do Fundo Estadual de Transportes e Habitação, que também conforme denúncias, não estariam chegando na ponta.
Suspeitas de que o governador Silval Barbosa estaria usando dinheiro do Fethab para quitar folha de pagamento dos servidores reforçaram a solicitação de CPI, que qunado foi proposta já tinha sete assinaturas, de um total de oito necessárias.
PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
O presidente da Assembleia Legislativa, Romoaldo Júnior(PMDB) assegurou ao HiperNotícias que o “Não votaremos o Orçamento do Estado para o ano que vem, sem antes votarmos os relatórios das CPIS”.
O peemedebista negou que esteja havendo manobra do governo e alegou que os relatórios ainda não foram votados devido a “atraso na entrega dos relatórios”.
Ele ainda explicou que “nessa semana vamos continuar apenas votando os vetos do governo, mas nossa meta é entrar em recesso com os relatórios dessa CPI votados”.
O líder do governo na Assembleia , Jota Barreto (PR) também negou a existência de uma “manobra” do Executivo para ‘evitar’ as novas CPIs. “Não recebi nenhuma orientação nesse sentido”, disse.
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Kleber Jr. 11/11/2013
Senhores Deputados, por favor honrem os votos que vocês receberam. Vocês devem legislar em pról da população, deixem de politicagem. E não deixem de instaurar CPI's por falta de votos, porque o Supremo da brecha em favor da minoria. Mostrem que vocês querem o bem do Mato Grosso.
Adalberto Ferreira da Silva 11/11/2013
O Regimento Interno prevê em seu artigo 382, que “a CPI terá prazo não superior a cento e oitenta dias, e que somente será admitida prorrogação de prazo no máximo até vinte dias. Alô, alô, Ministério Público Estadual! Não vai fazer nada com a lei sendo desrespeitada nas barbas do MPE. Ou será que o glorioso MPE...
2 comentários