O ano em que o Governo do Estado promoveu discursos, promessas e o tão esperado “legado” que a Copa do Mundo de 2014 irá deixar para Mato Grosso também foi o que registrou um número alarmante de greves simultâneas contra o Governo Silval Barbosa (PMDB).
Vale lembrar que foi em meados de 2013 que cerca de 50 mil cuiabanos foram às ruas durante os protestos nacionais contra corrupção, a favor da transparência de políticos, críticas às obras da Copa e mais dinheiro para a saúde e educação.
Pelo menos cinco paralisações ocorreram ao mesmo tempo e a da Educação foi, de longe, a maior da história. Conforme lembra o cientista político, João Edisom, o efeito “pré-Copa” já começou e promete voltar em 2015, o ano em que as promessas envolvendo os grevistas têm prazo para sair do papel.
“Mas é fato que a capacidade de endividamento vai estar saturada e o risco de não ser nada cumprido é muito grande. Isso tudo foi reflexo do desgaste de um modelo de gestão político que já saturou. Não criaram uma nova fórmula de governar”, explana João Edisom.
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Ainda segundo ele, o próximo governador ainda corre o risco de enfrentar logo nos primeiros dias de mandato um alto índice de rejeição, ainda sob o reflexo negativo da gestão anterior. “As pessoas vão querer ver o resultado dos acordos. Fora isso, há ainda o fato da capacidade de endividamento estar totalmente saturada”, lembra.
Ao longo do ano, os professores da rede estadual de ensino protagonizaram a maior paralisação da história. De agosto a outubro, foram 67 dias de atividades totalmente suspensas. Após o longo período e uma série de rodada de reuniões, o Governo acertou que iria ceder aumento a partir de março de 2014 e a hora-atividade em três parcelas.
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Os profissionais pediam que o poder de compra da categoria fosse dobrado em sete anos, pagamento da hora-atividade dos professores contratados de forma temporária, além de repasse de 35% do orçamento do estado para o setor da educação.
Contudo, o Estado propôs aumento de 100% do salário em 10 anos, com início em maio do próximo ano e pagamento da hora-atividade em três anos. Após três recusas consecutivas da mesma proposta, o governo cedeu e apresentou que o aumento seria pago a partir de março.
Paralelo a isso, houve ainda paralisação dos bancários, que ficaram 23 dias de braços cruzados. A negociação foi de que o Governo pagaria 8% de reajuste salarial e verbas, o que representou aumento real de 1,82%.
Houve ainda movimento grevista de várias carreiras da Secretaria de Fazenda, tal como os Fiscais de Tributo (FTEs).
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Eles pediam a não aprovação do Projeto de Lei 33/2013, que equipara os Agentes de Administração Fazendária (AAF) sem realização de concurso público ao mesmo nível dos fiscais. Contudo, a mensagem foi aprovada na Assembleia Legislativa por 14 votos favoráveis.
Os Técnicos da Área Instrumental do Governo (Taigs) também deflagram indicativo de greve. No mês passado, juntamente com os FTEs, eles aprovação do Projeto de Lei 373/2013, que reestrutura a carreira dos profissionais da área instrumental e concede 10% de aumento.
A matéria ainda está parada na AL. Fora isso, no mesmo período, houve ainda a dos servidores do Indea-MT, do Intermat e da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf).
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marcos rocha 29/12/2013
O Governo do Estado deu aumento para os comissionados do Poder Executivo. Além destes, neste final de semestre de 2013 ainda deu aumento para 27 carreiras de servidores efetivos, sendo que algumas tiveram pouco, outras mais, contudo, 27 carreiras conseguiram aumento, a maioria para entrar em vigor em 2014. Porém, restaram algumas, em torno de 4 aproximadamente que ficaram de fora. Uma delas é a carreira de analista regulador da Agência reguladora (que é órgão de Estado) e que mais uma vez foi prejudicada, estando bem defasada em relação às outras. Provavelmente, se nada for feito pelo insensível e injusto governo, greves dessas carreiras devem estourar no início de 2014, e com total razão.
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