O deputado federal, Coronel Assis (União Brasil), disse que o "foguetório" patrocinado pelo Comando Vermelho foi um atestado da capacidade de organização da facção criminosa. Segundo ele, Mato Grosso deve ficar em alerta para "ataques". O parlamentar, que é ex-comandante da Polícia Militar, repudiou a "homenagem" dos faccionados a Rudney Rodrigues dos Santos, o "Pinguim", morto na última terça-feira (24). Assis afirmou que o ato deve ser encarado com atitudes sérias para combater o grupo criminoso que deu prova da sua "capilaridade" dentro do Estado.
"O Comando Vermelho, as organizações e as facções possuem não só um poderio bélico, não só o poderio financeiro, mas possuem também um poderio organizacional. É uma ingenuidade pensarmos que isso não foi uma grande estratégia para marcar uma posicionamento dentro de um estado com dimensões continentais como é Mato Grosso, isso em todo canto de Mato Grosso, para demonstrar sua capilaridade, a capacidade que seus tentáculos alcançam", observou Coronel Assis.
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O parlamentar lembrou que o CV tem regras próprias que quando desobedecidas levam a punições severas no "Tribunal do Crime". Cenas de violências são frequentemente expostas nas "linhas" do Comando. O pior castigo imputado pelos líderes da facção é a morte. Se internamente existe uma "legislação" para manter a organização dos membros, do lado de fora, os faccionados mostram que também sabem agir com os Poderes e investem pesado, segundo Assis, na contratação de bons advogados.
O coronel ainda destacou que esse passo de ousadia do CV deve ser visto como preocupante para uma possível união interna dos faccionados para promover ataques e espalhar o terror por Mato Grosso.
"Nós repudiamos toda e qualquer forma desse tipo de situação por parte da organização criminosa. A gente sabe que a organização criminosa tenta se infliltrar nos mais diversos ramos da sociedade brasileira. Isso é fato. Eles possuem um sistema de justiça própria. Eles têm uma assistência jurídica muito forte patrocinada pelo lucro dessas atividades criminosas. Eles não tiveram essa intenção de maneira esporádica, isso foi planejado. E quem planeja um foguetório, pode planejar os ataques como no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Paraíba e outros estados", falou o deputado.
"Na veredade, é uma afronta ao estado brasilero. O que temos muito bem claro: o estado precisa se movimentar. O que mais precisa acontecer?", questionou o mato-grossense. "Aqui não tivemos o dano, nem o efeito morte, mas o alcance psicológico da ação", encerrou o ex-comandante da PM.
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