Em eleição histórica, presidente da Câmara não consegue se reeleger

Um dos principais aliados do prefeito reeleito Emanuel Pinheiro (MDB), o presidente da Câmara de Cuiabá, Misael Galvão (PTB), não teve a mesma sorte que o emedebista na eleição municipal, que ocorreu em 15 de novembro. Apesar de ter conquistado 1.749 votos, Misael não foi reeleito e emplacou uma suplência.

Alan Cosme/HiperNoticias

 

Em 2016, Misael foi o segundo vereador mais votado, com 5.905 votos. À época, o parlamentar perdeu apenas para Toninho de Souza (PSD), que teve 5.620 votos, porém assim como o petebista, este também não foi reeleito em 2020.

À frente da Câmara, Misael presidiu momentos polêmicos, como a cassação do vereador Abílio Júnior (Podemos), em março. Em junho, a Justiça anulou a cassação e determinou o retorno de Abílio ao parlamento. Posteriormente, Abílio enfrentou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) nas urnas e foi derrotado no segundo turno.

Nesta campanha, Misael precisou enfrentar uma acusação de compra de votos, e chegou a ficar na mira de uma investigação da Polícia Federal (PF). Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, dois homens negociam uma suposta compra de votos em nome do então presidente da Casa.

LEIA MAIS: Vídeos flagram suposta compra de votos para Misael Galvão

Os vídeos teriam sido gravados clandestinamente. Em uma das gravações, um dos servidores, supostamente, estaria negociando com um eleitor o pagamento de R$ 50,00 por semana por carro adesivado. Além disso, os homens negociavam por placas nas residências dos eleitores. Misael negou os fatos e disse que o compartilhamento dos vídeos era uma forma dos adversários o atacarem.

Gastos em campanha

À Justiça Eleitoral, Misael declarou ter recebido R$ 134,4 mil em recursos para a campanha de 2020. Dessa quantia, R$ 34,1 mil da direção municipal do PTB e o próprio candidato chegou a doar R$ 15 mil, dentre outras doações por pessoas físicas.

Contudo, Misael gastou mais do que recebeu. Foram R$ 199,4 mil em despesas contratadas, sendo R$ 136 mil com atividades de militância e mobilização de rua, R$ 30 mil em locação de veículos e R$ 7 mil em impulsionamento de conteúdos. No total, Misael ficou com um débito negativo de R$ 62,8 mil.

LEIA MAIS: Derrotado nas urnas, Misael fica devendo R$ 62,8 mil de campanha

Além de Misael, outros 9 vereadores não conseguiram se reeleger, como  Luís Cláudio (PP), Vinicius Hugueney (SD), Adilson Levante (PSB), Ricardo Saad (PSDB), Marcos Veloso (PV), Justino Malheiros (PV), Cleber Borges (PSD), Orivaldo da Farmácia (PP) e Toninho de Souza.

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.