Desde 2004, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas duas mulheres disputaram a eleição municipal à prefeitura de Cuiabá, a professora Serys Slhessarenko (PRB), em 2016, e agora em 2020 a superintendente do Procon, Gisela Simona (PROS). Em 300 anos, a capital nunca teve uma mulher eleita ao cargo de prefeita.
Apesar de ser ‘novata’ na disputa municipal, Serys concorreu ao cargo de governadora em 2006 e suplente ao cargo de deputada federal em 2010 e 2018. Em 2016, Serys obteve 9.242 votos, cerca de 3,22%, sendo a penúltima menos votada. A professora declarou um patrimônio de R$ 290 mil, incluindo dois veículos de R$ 35 mil e R$ 55 mil, e um imóvel de R$ 200 mil.
A segunda mulher a disputar a prefeitura, Gisela Simona, concorreu pela primeira vez à um cargo político em 2018, à Câmara dos Deputados. Na época, ela obteve uma votação expressiva de mais de 50 mil votos, cerca de 3,42%. Agora, a candidata possui os partidos PDT, Rede e Avante na composição. O patrimônio declarado pela superintendente foi de R$ 367,6 mil, entre uma residência de R$ 250 e três veículos de R$ 22 mil, R$ 38 mil e R$ 57,6 mil.
Segundo o TSE, o número de prefeitas eleitas em 2016, ao total 641 mulheres, foi ainda menor do que em 2012, quando elas somavam 659. De 5.668 municípios brasileiros, pelo menos 2.969 possuem maioria feminina no eleitorado.
A falta de mulheres na política também reflete na Câmara de Vereadores do município. Em 2016, Cuiabá foi a única capital que não elegeu nenhuma mulher. Em 2012, a única mulher a ser eleita no parlamento municipal foi Lueci Ramos (PSDB), com 3.195 votos.
Contudo, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a capital possui 12 mil mulheres a mais do que homens. No país, entre as eleições de 2012 e 2016, pelo menos 13,5% de parlamentares eleitos foram mulheres - cerca 7,8 mil de 57,8 mil candidatos.
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