O líder do governo e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CS Mobi, Dilemário Alencar (União Brasil), não ficou satisfeito com as respostas do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e solicitou acareação para aprofundar as investigações em torno do contrato com a concessionária responsável pelo estacionamento rotativo. O ex-procurador-geral do Município, Benedicto Miguel Calix Filho, e o ex-fiscal do contrato, Clóvis Gonçalves de Oliveira, irão participar do procedimento. Dilemário ainda pediu a convocação do ex-secretário Municipal de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Francisco Vuolo, interlocutor de Emanuel com a CS Mobi na negocição comercial.
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"Quero propor para fazer uma acareação pois ficou muito patente que o Emanuel Pinheiro veio aqui apenas defender esse contrato, fez um rosário de mentiras, não poderia mentir como testemunha e penso que é possível fazer essa acareação", disse Dilemário Alencar no final da oitiva com o ex-prefeito nesta segunda-feira (7).
O relator também notificou o advogado do ex-prefeito, Fracisco Faiad, para que em 48 horas sejam submetidas provas à Câmara da suposta relação do vereador com Luciane Hoepers, que ficou conhecida como a 'Loira da Previdência', investigada pela Polícia Federal em 2013 por participação em esquema que lavou R$ 300 milhões em fundos de pensão municipais.
Ao ser pressionado por Dilemário com o questionamento se era sócio oculto da CS Mobi, Emanuel o alfinetou, devolvendo com outra pergunta se o vereador era sócio oculto da 'Loira Previdência', que quase "derrubou" o ex-prefeito Chico Galindo.
"Vou dar um prazo para o senhor de 48 horas para apresentar qualquer situação do vereador Dilemário ds situações que o senhor fez aqui seja de loira, morena, vou dar 48 horas para o seu advogado Faiad. O senhor é um mentiroso", rebateu o líder do prefeito Abilio Brunini na Câmara de Cuiabá.
Conforme noticiado pelo HNT, Dilemário afirmou na tribuna que obras avaliadas executadas pela CS Mobi terão custo de R$ 145 milhões, mas a empresa pode receber até R$ 1 bilhão ao longo dos 30 anos de concessão, considerando os reajustes contratuais. Além disso, o relator denunciou que a concessionária "abocanhou" R$ 8,6 milhões do fundo municipal.
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