O PSD perdeu a filiação do prefeito de Campo Verde (142 km de Cuiabá), Alexandre Lopes, que passou a fazer parte do União Brasil (UB). A mudança do gestor reflete a insatisfação de quadros do PSD com os rumos tomados pelo partido, de aproximação com a esquerda e com as candidaturas de Lula (PT) e Márcia Pinheiro (PV). A mesma movimentação acontece no PP, que também se afastou da direita e perdeu, na última segunda-feira (15), o ex-deputado estadual Oscar Bezerra de seus quadros.
Segundo assessoria de imprensa do governador Mauro Mendes (UB) o convite foi feito pessoalmente a Alexandre Lopes, expondo também o acirramento da disputa política entre o candidato à reeleição e seu ex-aliado, o senador e presidente estadual do PSD, Carlos Fávaro.
Entusiasta da candidatura de Lula e peça chave no lançamento de Márcia Pinheiro como candidata ao governo, Fávaro tem assistido a insatisfação de seus correligionários com a decisão de aproximação com a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV). Primeiramente, a composição visava viabilizar a candidatura de Neri Geller (PP) ao Senado, mas, posteriormente, Fávaro assumiu papel de protagonismo na campanha de Lula, especialmente nas tratativas com o agronegócio.
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Na última segunda, Fávaro assistiu todos os quadros de seu partido que detém mandato na Assembleia Legislativa comparecerem a reunião com Mauro Mendes e o vice, Otaviano Pivetta (Republicanos) reafirmando apoio à chapa dos dois. Nacionalmente, Mendes e Pivetta estão alinhados à candidatura do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
OSCAR BEZERRA
No mesmo dia, o PP, partido do candidato ao Senado Neri Geller, viu Oscar Bezerra assinar sua desfiliação. O ex-deputado estadual era considerado uma peça importante para que o PP atinja o quociente eleitoral na disputa às cadeiras da AL.
Oficialmente, Bezerra atribuiu a desfiliação às divergências ideológicas. No vídeo em que anunciou sua saída do PP e consequentemente, a desistência de disputar as eleições em 2022, o ex-parlamentar fez questão de usar um boné fazendo referência à reeleição de Bolsonaro.
No entanto, intimação da Justiça Eleitoral também revelou que Oscar Bezerra não entregou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarações que comprovam sua elegibilidade.
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