O deputado federal Coronel Assis (União Brasil) classificou a liminar que liberou Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o rapper Oruam, como uma afronta às forças de segurança. Oruam é filho de Marcinho VP, considerado um dos principais líderes do Comando Vermelho. Assis foi ácido e disse que Oruam não representa a música ou cultura, mas sim a "desordem social" e "idolatria à criminalidade".
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"Esse tipo de decisão só vai contribuir para o próximo passo da violência criminal, que é a mexicanização dessa mesma violência aqui em nosso país. Onde facções criminosas ganham força não só nos seus territórios ocupados, mas também dominam corações imensas da nossa juventude brasileira. O crime não é cultura, a cultura não é crime e o crime também não é arte", manifestou o deputado federal.
A Justiça do Rio de Janeiro determinou a prisão preventiva de Oruam ao associá-lo ao tráfico de drogas. No entanto, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Joel Ilan Paciornik, revogou a preventiva por entender que os "argumentos eram vagos" e impôs medidas cautelares ao rapper. Assis contrapôs o deferimento do ministro.
"Esse tal rapper foi, com certeza, conduzido com todas as garantias legais existentes no nosso país. Mas, infelizmente, foi liberado, assim como outros aí no país, por ter a sua prisão preventiva classificada como insuficiente para manter o prisioneiro", lamentou o deputado.
Coronel Assis acompanha o posicionamento de outros parlamentares ligados à extrema-direita, como o vereador por Cuiabá, Rafael Ranalli (PL), autor da Lei Anti-Oruam que veda o uso de dinheiro público para a contratação de artistas com letras de músicas que falam apologia ao crime organizado.
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