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Política Terça-feira, 09 de Julho de 2013, 11:51 - A | A

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Terça-feira, 09 de Julho de 2013, 11h:51 - A | A

RELATÓRIO

Comitê denuncia precarização na saúde e 'superfaturamento' às OSS

Levantamento feito pelo Comitê está baseado no cruzamento de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) com os dados do sistema Fiplan

ALLINE MARQUES






O Comitê em Defesa da Saúde Pública apresentou dados que revelam a precarização dos serviços na saúde pública, com redução de repasses aos hospitais regionais, para justificar a contratação da Organizações Sociais de Saúde (OSS).

Além disso, as planilhas revelam que depois que as entidades assumiram a gestão das unidades hospitalares houve um aumento exacerbado dos recursos, chegando a ser até oito vezes maior.

Reprodução Relatório

O levantamento feito pelo Comitê está baseado no cruzamento de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) com os dados do sistema Fiplan e apresenta a produção de procedimentos clínicos e cirúrgicos nos hospitais de gestão estadual dos anos de 2010 a 2012.

O grupo ressalta que no ano de 2011 não tem registro de repasses no 4º trimestre. Além disso, o Hospital de Alta Floresta era municipal até 2011, passando à gestão do Estado em 2012.

Marcos Lopes/HiperNotícias

Secretaria de Saúde tem sido alvo de constantes cobranças de gastos com OSS

De acordo com relatório apresentado pelo Comitê, o SUS contabiliza a quantidade de procedimentos hospitalares e ambulatoriais através do Sistema SAI/SUS e SIH/SUS. A quantidade desses procedimentos é chamada de produção, que seria como o faturamento da empresa com base no qual ela seria remunerada.

HOSPITAL DE COLÍDER

Em 2010, o Hospital Regional de Colíder apresentou uma produção hospitalar de R$ 2,7 milhões, já em 2011 os gastos foram de R$ 2,5 milhões, no entanto em 2012, já com a gestão de uma OSS, o hospital produziu R$ 1,3 milhão.

Porém, os repasses dos recursos durante a gestão do Estado foram de R$ 2,3 milhões e R$ 1,4 milhão, em 2010 e 2011, respectivamente. Já sob a gestão da entidade, o governo repassou R$ 14,6 milhões mesmo com um faturamento do hospital no ano passado.

HOSPITAL DE RONDONÓPOLIS

Outro caso que revela a precarização dos serviços é no Hospital Regional de Rondonópolis. A produção nos de 2010 e 2011 foram, respectivamente, de R$ 3 milhões e R$ 5,6 milhões. No entanto, os pagamentos efetuados foram no valor de R$ 2,5 milhões e R$ 1,8 milhão.

O Comitê alerta que em 2011 a produção foi quase cinco vezes maior do que o repasse. Já no ano passado, a produção chegou a R$ 7,6 milhões e o repasse chegou a R$ 30,2 milhões, mais de sete vezes maior que o faturamento da unidade hospitalar.

Reprodução Relatório

Os representantes do Comitê fazem questão de lembrar que este modelo de gestão foi implantado pelo deputado federal Pedro Henry (PP), condenado pelo Supremo Tribunal Federal no caso do Mensalão, e também acusado de pertencer ao esquema conhecido como Sanguessuga, no qual é alvo de inquérito que corre no Supremo sob segredo de Justiça.

Otto Ten Caten, um dos membros do Comitê, lembra que na época em que as OSS foram implantadas, o ex-secretário de Saúde chegou a alegar que os servidores estavam acomodados, mas na verdade não havia condições de trabalho para os funcionários da saúde trabalhar.

"Sucateou a estrutura, usou o mote do servidor não trabalhar, mas não tinha era condição de trabalhar, vendeu essa imagem para os deputados e conselheiros tudo isso para aprovar a lei das OSS. Agora derrama dinheiro para estas entidades, ai fica fácil", afirmou Otto.

PROTESTOS


O Comitê também organizou uma manifestação para quinta-feira (11), dia da paralisação nacional organizada pelos sindicatos. O protesto terá início às 14h em frente à SES-MT e em seguida caminharão até Assembleia Legislativa com o objetivo de pressionar os deputados quanto à aprovação o projeto de lei de iniciativa popular que visa revogar as Leis Complementares 150/2004 e 417/201, ambas permitem a contratação das OSSs pelo Estado.

O grupo ainda fará uma carreata até a Praça 8 de Abril, em frente ao Choppão, e depois volta a fazer caminhada até a Praça Alencastro, onde irá encontrar com as outras entidades sindicais para unificar o protesto.

O Comitê é formado por mais de 40 entidades, dentre elas, Sisma, Sindmed, Sintep, CUT, Sinetran, Conselho Estadual de Saúde, ONG Moral, ONG Neom, Intersindical, etc.

GOVERNO

O governador Silval Barbosa afirmou que irá trabalhar para viabilizar todas as ações propostas pela presidente Dilma Rousseff (PT) nesta segunda-feira (8), como parte de um pacto pela saúde. Silval ainda lembrou da criação de cursos de medicina em Sinop, Rondonópolis e Cáceres no ano passado. O aumento da oferta de vagas em cursos de Medicina é um dos pontos centrais do pacto lançado pela presidente.

Marcos Lopes/HiperNotícias

Governador Silval Barbosa afirma que a saúde é prioridade em seu governo

Segundo o governador, o Estado já tem um levantamento para saber quais são as demandas do Estado em Saúde. A manutenção dos hospitais e a ampliação das parcerias com os municípios são os principais problemas. “Precisamos ter recursos suficientes para contratar médicos no interior. Uma dificuldade dos municípios é conseguir médicos para atenção básica”, disse.

O pacto pela saúde tem três eixos principais: a formação de profissionais, a reestruturação de hospitais e a contratação de médicos para as áreas necessitadas.

(Atualizada às 12h15)

(Com informações da Assessoria)

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Edemar Paula 14/07/2013

Fazer comparação entre o valor faturado pelos procedimentos pagos pela tabela SUS do Ministério da Saúde, Sus como é conhecido, é bem diferente do custo real da manutenção de um serviço médico assistencial de qualidade exigido nos hospitais contratos como OSS. Fazer comparação de um serviço de plantão a distância é bem diferente de um plantão presencial, ter dois cirurgiões em sala é diferente de um, ter obstetra e pediatra na sala de parto e diferente do parto feito pela técnica de enfermagem, ter comissões organizadas de controle e avaliação de qualidade, padronizações e informações também exige custos maiores. Fazer gestão de hospital é bem mais do que comparar valores pagos pela tabela SUS, que também pode ser complementada com valores do orçamento do Estado e Município, dos 12% e 15% do orçamento, merece maior conhecimento e não avaliação simplistas, como as apresentadas. Posições como as apresentadas não constroem. Ou a saúde estava boa no Estado nos últimos 20 anos? atribuir a culpa a um novo modelo que esta a um ano e retroceder, deu certo em outros Estados, por que só aqui não é possível? Quem esta afirmando que não esta funcionando? Será que são as pessoas que estão fazendo uso? Ou são instituições de classe que tem seus interesses?

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Marcos 10/07/2013

Uma fonte é o fiplan, mas os valores são de empenho e não de pagamento. Qual a fonte do faturamento e dos gastos antes da Oss? FORAM CONSIDERADOS OS REPASSES AOS CONSORCIOS E O RATEIO DE CONTRATOS QUE ATENDIAM MAIS DE UM ÓRGÃO? Informem a fonte das despesas e do faturamento, se é que ela existe.

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2 comentários

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