A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa (ALMT) aplicou a penalidade de censura ao deputado estadual Gilberto Cattani (PL) por comparar mulheres a vacas. A resolução marca o fim da discussão no parlamento com desfecho histórico, por ser a primeira punição, com peso equivalente a repúdio, após declarações de um membro da Casa direcionada às mulheres. O placar foi de três a dois pela medida.
O agravo acolhido como medida pedagógica pelo grupo de trabalho, sem nenhuma medida prática, será publicado no Diário Oficial. A deliberação foi debatida em reunião no início da tarde desta quarta-feira (6), após reunião com os pares.
A votação foi acirrada e secreta, sendo fechada com o placar apertado de três a dois pela censura. Na prática, a censura funciona como um repúdio às referidas atitudes do parlamentar, sem nenhuma alteração no seu dia a dia no parlamento.
DELIBERAÇÃO SURPRESA
A deliberação da Comissão de Ética pegou os parlamentares de surpresa. Pela manhã, o presidente da AL, Eduardo Botelho (União Brasil), disse à imprensa que o parecer da investigação por quebra de decoro contra o bolsonarista ainda não tinha sido concluída e que o documento deveria ser submetido à apreciação apenas na próxima semana.
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ECO NA CÂMARA DE VEREADORES
As falas polêmicas de Gilberto Cattani implicaram na perda do "Título de Cidadão Cuiabano". Na sessão ordinária desta terça-feira (5), os vereadores da Câmara Municipal de Cuiabá aprovaram o Projeto de Decreto Legislativo 25796/2023 e decidiram pela revogação da honraria. Ao todo foram 21 votos favoráveis, 3 contrários e uma abstenção.
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