Vários sindicatos, associações e cooperativas de pequenos agricultores da Baixada Cuiabana se reuniram com o candidato a governador, Mauro Mendes (DEM), na tarde desta quarta-feira (22), ocasião em que apresentaram as principais demandas do setor.
Alan Cosme/HiperNoticias
Além de Mauro, também estiveram presentes na reunião o ex-governador Júlio Campos (DEM), o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), e os deputados federais Valtenir Pereira e Carlos Bezerra, ambos do MDB.
Entre as reivindicações dos pequenos agricultores está o fortalecimento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a criação de um fundo para a agricultura familiar, melhorias na assistência técnica ao segmento, maior atenção à regularização fundiária e a readequação dos tributos ao setor.
“O agricultor da zona rural quer ajuda. Esse que está plantando, trabalhando, precisa de apoio. E o senhor Mauro Mendes, com esse compromisso de dar atenção às pautas dos produtores, pode ter certeza que vai ter mais de 70% dos votos dos nossos trabalhadores”, afirmou Francisco Tiziu, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Várzea Grande.
Mário Carreiro, do Sindicato dos Feirantes de Cuiabá e Várzea Grande, apresentou a Mauro Mendes um projeto que visa oferecer melhor estrutura às feiras livres, com a modernização das barracas, maior segurança, higiene e atrativos culturais. “Às vezes produzir é fácil, plantar é fácil, mas conseguir colocar o produto final à venda é o mais difícil”, explicou.
Já a presidente da Associação dos Permissionários do Terminal Atacadista de Cuiabá, Marilda Giraldelli, conhecida como "Baixinha", reivindicou maior apoio do Governo do Estado.
Ela lembrou que foi na gestão de Mauro Mendes como prefeito de Cuiabá que foi construída a atual sede do Terminal Atacadista, localizada no Distrito Industrial, unidade que ofereceu um espaço mais adequado aos feirantes.
“Temos muito produtores aqui que nunca tiveram nenhum incentivo do Estado. Hoje, muitos atacadistas ajudaram os produtores para que eles pudessem vender dentro do Terminal Atacadista. Nós, permissionários, sequer fomos chamados quando foi construído o Ceasa (Central de Abastecimento do Estado de Mato Grosso)”, disse.
Baixinha reclamou que a agricultura familiar tem sido prejudicada pela confusão tributária em vigor no Estado. “O único Estado do Brasil que cobra imposto da mercadoria que vocês compram dentro do mercado é Mato Grosso. Então muita gente não tem interesse em investir aqui, porque paga uma pauta. É mais fácil abrir uma firma em Rondônia e descarregar aqui. Porque aqui tem um imposto absurdo cobrado pela pauta. Nós, atacadistas, queremos sinceridade. Queremos mais oportunidade, uma situação atrativa até para quem vem de fora poder vir, porque sem concorrência não tem preço barato”, propôs a presidente.
Aos produtores, Mauro Mendes garantiu que dará uma atenção especial às reivindicações, especialmente por ter sido criado neste meio.
“Eu sou filho da agricultura familiar, nasci e cresci em um sítio no interior de Goiás. Vamos trabalhar em parceria com o Governo Federal. Mas, não vamos mentir. Em época de campanha, tem político que se o segmento pede ‘1, diz que vai fazer ‘10’. Vamos ser realistas e atuar em parceria”, disse.
O candidato afirmou que, caso seja eleito, trabalhará “para estimular e não prejudicar os pequenos agricultores”.
“A assistência técnica é importante, é preciso reorganizar a Empaer [Empresa Mato Grossense de Pesquisa Assistência e Extensão Rural] e fazer os serviços chegaram com efetividade na ponta. O grande agronegócio não precisa do Estado, só precisa que o Estado pare de atrapalhar. Na agricultura familiar, vamos dar todo o apoio para modernizar, para fazer o setor ser cada vez mais eficiente, criando políticas de incentivo”, ressaltou.
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